Mergulhando na escuridão
De repente o instantâneo do momento da
explosão, quando tu aciona um interruptor e a luz clareia a escuridão...bem
assim
Esse espaço de segundos de anos, de tempo indeterminado
eu estava em escuridão total
Nada...nada...era breu, a sensação não se
apegava a uma densidade de matéria tipo estou voando, estou sentada numa
cadeira, num rio, em um lençol de areia, estou na grama, nada...
Estou assentada em pé sobre nada...é uma consciência
sem apoio físico ou apoio de identidade
A consciência da dimensão de tempo é zero...a
sensação de fome ou de frio é de urgência de movimento inexistente
A ansiedade eterna que eu vivo de saber a
lógica das coisas
Inexistente,
a euforia, a angustia, a depressão a mágoa, a
alegria, o amor, a saudade... nada
Lembrança do passado, presente, situações
emocionais...nada
Consciência de família, lembrança do passado,
do presente, vínculos emocionais...nada
Realidade ou irrealidade, o que é ou deixa de
ser ... é um barulhinho, como se fosse um papel passado em uma base, uma mesa
por exemplo...ai nessa escuridão, nessa negritude, tenho a sensação de virar a
cabeça atrás do som ...
Na busca de qualquer referência, dentro desta
situação de escuridão total a ordem é identificar algo de início a evolução de
um pensamento, referência, frente de referência... um movimento, uma luz, um
ventinho, nada...escuridão total...a respiração é como se não tivesse corpo físico
para respirar, não tem importância nenhuma mas ela está acontecendo, porque a
respiração é curta... então passa um pouco mais... a minha visão para enxergar
algo, algo, porque eu tenho a sensação de estar a milhões de anos nesse tempo,
nessa situação...e isso está começando a me fazer uma irritabilidade...aí a
percepção que se desenham ou apresentam números a minha frente... 17 de 12
Bordin, uma placa nos pés da cama do hospital...17 de 12 Bordin...17 de 12
Bordin, é meu nome, nome de meus pais., nome da família do meu pai...e 17 é o
dia que ele nasceu. Está bom...referência.
Ai então eu busco uma lógica para isso...a
tá...hoje é 17 de dezembro, ai me dou conta que não é hoje. É que eu despertei
desse aprendizado, desta mudança que estou vivendo no dia 17 de
dezembro...Bordin sim, eu sou Bordin...aí já busquei o sonho que eu tinha e a
gratidão de uma consciência absoluta, que eu morreria com 53 anos de idade,
somados aos... não...é assim, então é 63, eu tenho 66 anos, não é dimensão
rotineira, é a consciência de tempo, e é individual...66 anos eu tenho, queria
ter morrido com 53...66 - 53 da treze...13 anos...meu número.
Tudo some de novo, não que tivesse aparecido
coisa nenhuma. É tudo tão sem lógica e tão sem lógica, que sumiu. Tem alguém
dirigindo isso? Não tenho percepção de nada
A percepção extra sensorial é de dimensões
infinitas...eu não dou conta...tudo escuro...as vezes eu tenho a sensação que
eu tenho mãos e que eu posso tocar procurando formas...mas aí, o que eu sinto,
é a percepção de uma enorme teia de aranha...enorme...e aí eu me dou conta que
eu estou em uma imensidão...que eu não estou em um quarto de hospital, que eu
não estou na minha casa...que eu estou no espaço, mas é um espaço tipo buraco
negro...mas não tem vida no buraco negro...e eu estou viva !!!
A sensação dessa...ou a percepção dessa teia
de aranha...ela me deixa meio amarrada...uma conclusão óbvia. Na minha sala de
atendimento eu tenho uma teia de arame, feita pelo meu filho e pela minha nora,
o espirito de Ikatomi, a aranha que rege a teia, me acompanha desde que eu
nasci.
Teia de aranha, buraco negro, não enxergo
movimento nenhum...nenhum...não percebo qualquer espécie de percepção de
humanidade que permaneça, sentimento de vida de vibração de movimento...breu
total.
De novo a percepção de tempo. Um incomodo, é
como se eu tivesse um corpo grande que não se acomodasse em lugar nenhum...mas
como eu a tenho 66 anos e aprendi a controlar a ansiedade do tempo e respeitar
a espera do tempo que passa, dou uma mexida, não sei em que porque não sei que
forma tenha ...de novo aquela sensação que eu vi algo ...um ritmo,
distante...muito distante
Aí a percepção ela dentro desse não sentir a
realidade como não conseguir em nada ou não sentir ordem ela traz um cansaço...cansaço físico...iiiiiiiii
como buscando a necessidade de o corpo
descansar em uma rede...mas que corpo e onde a rede seria colocada...e cadê a
rede...quando a sensação de dois olhos...sim dá para contar, 1,2 sim dois olhos
grandes, negros...meu Deus, mas tem branco no olho...dois olhos negros e uma
vibração como de ondas, sem som mas com entendimento olá ...é o que eu
entendo...é o que eu percebo, e quando eu penso em minha boca abrir para falar
olá, o olá já está lá, já voltou, já mandei de volta...uiuiuiuiui, tem que
acelerar meu cérebro para entender porque isso, mas tenho a serenidade de
entender que estou vivendo uma experiência...pós morte? Sei lá.
Assim como veio a sensação, ou raciocínio, de
pós morte ...isso se desmanchou porque começou um diálogo entre eu e eu mesma,
entre eu esse reflexo, entre eu e essa outra forma estas estranhando muito o que estas vivendo
?...sabes onde tu estas ?...aí eu respondi: - Não, dentro da lógica e de minhas
recordações, parecem que foram a séculos ...eu fui fazer uma cirurgia e
morri...e a percepção de que seria uma vida paralela ou parecida, que eu iria
encontrar meus ancestrais ou amigos queridos, isso tudo não existe ? Porque até
aqui eu só tenho a escuridão...não vou perguntar se eu me comportei bem ou mal,
porque minha mente já evoluiu além disso ...não creio no inferno...não creio no
paraíso, nem no limbo, mas honestamente eu não estava preparada para uma
situação assim. Fico sem reação...aí ela
falou, ela...determino como ela, tá... e se eu dissesse que é assim que ter que
ser para entrar nessa dimensão e, senão ficasses nesse jeito que tu estas
agora, tu não a perceberias nunca? Eu pensei...fiquei pensando um pouquinho
nisso que ela falou...fiquei na dúvida se isso não seria mais uma
evangelização, mais uma doutrinação, mais um novo mestre, mais um novo
dogma...socorro não aguento mais ai eu...fiquei em silêncio, não respondi
nada...e ela disse: - Não tem nada a ver com novas situações...não tem nada a
ver com novos paradigmas...é o que tem que ser. Então a partir de agora vou
precisar que tu mantenhas a mente muito aberta e que todas as pré concepções
que tu possa ter tido, sobre a minha existência, porque sim...eu sou a senhora
da morte...eu quero que tu esqueça, tudo que tu pré concebeste a meu respeito queria te convidar, antes de ir
embora, antes de tu ires embora para tua dimensão real, poder trocar
contigo...queria saber como tu estas neste grau de evolução...me fala de
ti...eu dei uma risadinha né, porque tem coisa que tenho pavor é de falar de
mim e...aí fiz, aí comecei...ok. Eu estou com 66 anos, gerei 4 filhos de quatro
cesárias, tenho 6 netos de sangue e um monte de netos de alma, vivi a minha
vida inteira com um homem só...desde pequenininha tem um grupo espiritual que
me acompanha, eu não sou uma pessoa que questiona as verdades...as aceito e
quando vejo que não são verdades eu me afasto delas eu as deleto, praticamente,
minha paciência é relativamente curta assim como minha persistência é
infinita...não tenho mais o que falar...essa sou eu. Ah! respondeu ela: - Se tu
pretendesses te apresentar a alguém seria dessa maneira? Sim, o resto não tem
valor, não pesa mais, não tem importância, é o que é, é o que ficou...é o que
tem soma...aí ela disse : -ah! então estou percebendo que tu conseguiste chegar
e um tal grau de entendimento do que é importante...fica e que não é
importante...apaga. Eu dei uma risada porque nesse momento vieram meus quatro
filhos, por quem eu digo que dou a vida assim como o pai deles, porque eu
também dou a vida...me veio o sentido de pensar: vou desistir de um deles e ele
vai sumir...não sei e se eu teria esse desapego...acho que não. Mais enfim...
aí ela...sempre a sensação que eu tenho, estou no meu pensamento, porque até
então não mexe minha boca. A gente está conversando em um campo de uma energia
de uma fraternidade ou de uma irmandade muito grande, como se ela me conhecesse
muito bem e eu nesse conhecimento dela por mim eu pudesse acessar a troca de
percepções e informações para o meu cérebro sobre a exatidão da ida
Ai ela me perguntou outra coisa... - O que que
é que tu sabe sobre a exatidão da vida? Bom...respondi: - Eu sei que existe uma
lógica porque se a senhora me perguntar qual é a minha religião ...eu tenho a
mãe natureza como guia, eu sigo os exemplos dela, eu obsecro muito e sinto que
ela é o grande relógio desse planeta porque sem ela não existiria nada, óbvio,
então essa percepção matemática de que um mais um são dois em uma dimensão e
que dois mais dois são dez, noutra dimensão, para mim é muito lógico, então
para mim a matemática é a mãe de tudo. Então no momento em que o micro
organismo se transformou em dois, começou a evolução ...e eu entendo esse
planeta, esse sistema solar como um laboratório deste corpo infinito que se
chama Sistema Solar onde moramos e, que só ele tem tudo que ele tem que é para desenvolver
percepções, que para mim, são de tele-transporte . Ela disse... Hum, que parece
quando fico irônica comigo mesma...as vezes tenho a sensação que estou falando comigo
mesma...mas tudo bem...estou muito feliz de não estar naquela solidão, naquele
silêncio, naquela escuridão , porque eu estou falando com os olhos e meus olhos
estão fechados, porque a escuridão é tanta que se tornou insuportável e aí eu
fechei os olhos para fazer de conta que eu posso dominar isso tudo e que quando
eu abrir os olhos haverá luz...ai ela...como se ela estivesse pensando sobre o
que eu falei, ou como se ela estivesse anotando, porque as vezes escutava o
barulho de um ritmo, já falei nesse ritmo, que agora parecia um teclado , não
sei...de computador? Não, não é. Aí ela me perguntou sobre...sobre as lógicas
do desenvolvimento da matemática tipo teorema de Pitágoras que eu levei séculos
para decorar a fórmula do raio, sobre as formas geográficas, sobre o
círculo sobre a teia de aranha e, tudo terminando
em matemática...tudo terminando em matemática. E a justiça? Perguntou
ela...como tu determina a justiça? Como tu entende a justiça? Eu disse para ela
que: Eu sou a maior assassina que ela poderia vir a conhecer, porque eu perco a
conta de quantos milhões de rosetas eu arranquei da terra...e fiz fogo com elas
para que desse uma grama limpa no lugar onde eu moro...então eu disse para ela
que o caminho da justiça é, quando eu estou responsável por determinada coisa,
é eu propiciar aquela determinada situação, uma qualidade de beleza...eu acho a beleza
fundamental na ordem da vida. Eu acho muito bonito quando um triangulo se monta
com um quadrado e se junta com um losango e assim vai... ai eu fico
pensando...quantas formas eu posso criar dentro de um círculo. Aí eu disse para
ela que sentia assim, que justiça para mim é eu aceitar o outro como ele é: se
ele não me aceita como eu sou, não ou perder tempo discutindo ou querendo que ele
me aceite como eu sou ...e que eu devo ter vivido muito...algum ancestral meu
foi muito ativo no tempo de olho por olho e dente por dente porque essa é a
lei, para mim. Sabe quando tu fere alguém, tu só vai sentir a dor de quem foi
ferido se tu passar a mesma dor...
...de novo o silêncio existencial,
profundo...meu Deus eu tenho coração porque eu busco ouvir as batidas do meu
coração não ouço nada - Dentro dessa consciência que tu tens de justiça... ela
me perguntou: - A regência da ordem, da lei, por uma hierarquia...o que que tu pensa
a respeito? Odeio, o odeio é muito relativo, porque hoje para eu sentir emoção
por alguma coisa, tem que ser muito importante dentro de um contexto, ou muito
simples, para que eu me permita vibrar na sintonia dela, mas hierarquia para
mim não deveria existir cada ser no comando de seu espaço. Quando nós fomos
morar lá no ´sitio, que eu chamo sítio, que é um lugar para envelhecer em outra
cidade...eu pedia desculpa para as formigas, porque o terreno era muito árido,
muito seco e tinha muito cacto, muita formiga e muitos espinhos...e eu tinha
que mata os formigueiros e botar veneno, e mata os morcegos que invadiam a
casa...o telhado da casa e, eu pedia desculpas...eu pedia desculpas...eu sei
que vocês estavam aqui...peço permissão para estar aqui. Ao mesmo tempo
sentindo que eu estava invadindo o lugar a com donos mas sabendo que isso não
tinha volta, que tinha que ser feito. A noite os bombeiros vieram retirar uma
colmeia de abelhas que tinha no sótão da nossa casa...tiraram o telhado e
tudo...aí o rapaz nos falou que era mel e canela e que era natural as maneiras
de evitar e de combater e de fechar os lugares para eles não entrarem, porque
os morcegos odiavam mel com canela. São tantas, em cada situações da vida, as
curiosidades a respeito sempre me encantaram...sempre foi assim
Aí ela mudou radicalmente de assunto e ela me
perguntou o que que eu tinha feito, dentro da minha caminhada, em relação a
magia e em que eu acreditava como sendo magia...
A sensação que eu tenho, é que nós teremos a
ida inteira para ficar conversando, mas a ......idade que eu tenho, ela não é
de paciência, é de cansaço de fala. Eu pensei ainda com meus botões, quando
vier a luz eu ou pegar o que eu tenho escrito e ou passar para o meu blog...ela
vai ler e vai saber de tudo, isso eu na inocência de achar que ela não soubesse
tudo. Quando eu estava pensando isso...ela emendou: - Não é que eu não saiba o que tu ai falar, é
que eu quero ouvir a tua maneira de interpretar o que tu fizeste. Bom, disse eu
para ela, dentro dessa consciência que, o desenvolvimento de uma vida neste
planeta, é um laboratório, o meu aprendizado, a minha opção, a minha escolha,
desde pequenininha...foi através da magia...eu era fissurada por ciganas, eu
era fissurada por fadas, eu era fissurada pelos pequenos Elementais, que as
vezes eu ia no orvalho da grama da manhã quando eu corria para ir para o
colégio e cuidava para não pisar em determinados locais, porque tinha uma colônia
ali, daqueles seres. Conforme meu crescimento foi acontecendo, foi maturando
isso e paralelo a isso eu constitui uma família, que mesmo que o meu corpo
estivesse a dizer, que não era para eu gerar filhos...eu fiz quatro! Isso para
mim era uma magia ... era uma alquimia minha com o meu corpo, para ver até onde
ele podia ir. Ai o médico ligou as trompas, óbvio, não ia eu indefinidamente
cortando a barriga, então eu tenho quatro cesárias na minha vida
...e o jeito como que eu procurei tudo que
estivesse ao meu alcance de participar e de conhecer, informações, práticas,
vivencias, sobre tudo que eu pudesse...minha experiência com Rosa Cruz, com Seicho
Noie, com Reich, com Maçonaria, com os Templários, com os Ciganos, com a
Umbanda...a Umbanda foi em função da quarta filha, que nasceu surda e
cadeirante, não nasceu cadeirante...tornou-se cadeirante, e entrar na Umbanda
foi em função da saúde dela...foram longos 15 anos de aprendizado.
Ai ele perguntou a respeito , ele não ela,
essa voz, perguntou a respeito...porquê do feminino, de porquê durante essa
caminhada toda a minha responsabilidade e minha prática maior e minha dedicação
é com as mulheres... são dois motivos bem sucintos,
1. Não tenho paciência para os homens
2. Cada mulher cuide de seu homem
Na minha família, saídos de mim, tenho dois
filhos homens e tenho 5 netos homens, é muito homem...e mais o pai de meus
filhos, então é muito homem para administrar...cada mulher cuide de seu homem e
administrar na magia é gerenciar alquimia para felicidade destes homens, porque
os que saíram de dentro de nós, os que levam como hereditariedade a nossa
sexualidade, nós temos liberdade de interferência. Ela me perguntou como é
que...da onde eu tiro tudo isso e eu disse: - De uma lógica de vida...não sei
se é verdade...não sei se é mentira, mas sinto a verdade na atitude e sinto
esse ensinamento desde a primeira vez que li Fogo Cósmico da Alice Bailey, que
para mim foi uma mestra, tendo sido esse, meu livro de cabeceira por muitos
anos...e quando um dia, num fogo, a Gabriela queimou aquele livro eu sangrei,
eu me desintegrei, mas respeitei a atitude da minha filha ...e assim tudo
silenciou der repente...me deu um cansaço sabe, aliás eu estava cansada, pensei
em tirar um cochilo para descansar um pouquinho, mas eu não tinha um cansaço de
posição mal ou de deitar meu corpo numa cama...meu corpo estava bem, seja lá
que corpo fosse, que forma tivesse, estava bem, era só cultivar o silêncio.
Cada vez me encanta mais...era o que tinha que ser feito...e assim como passou
um segundo, passou um século, que eu não tenho consciência de tempo, aqui onde
eu estou...a voz dela me despertou, ou eu escutei a voz dela ou eu percebi a
presença dela...aí ela disse que eu tinha uma caminhada interessante...a minha
caminhada tinha sido interessante e se aprofundar em histórias emocionais como
o amor transforma vida ou como tu amaste ou desamaste, ou odiaste ou perdoaste,
isso tudo é livre arbítrio de cada um, então neste contexto não tinha valor,
que o que ela queria era trocar comigo era objetividade da vida humana...então o que eu poderia falar
a respeito da vida humana, o que eu tinha aprendido a respeito da vida humana
...putz...é uma coisa que para mim nunca foi importante falar sobre a vida
humana ...eu entendo , sempre entendi estar nesse planeta como parte de um
estágio, aqui não é o começo e não é o fim ...onde é que seja o começo não é
importante e onde seja o fim não me interessa...sempre tive um compromisso
muito grande com o presente .Maior amor da minha vida, hoje eu sei, foi meu
pai...ele morreu com 48 anos e eu não chorei, eu só tive uma crise de coluna
estúpida na noite que ele morreu e foi
no interior, nós viajamos para lá e eu estava amamentando meu primeiro filho
que obviamente não foi, então para mim a vida aqui é ...eu odeio dramas...eu me
afasto imediatamente. quando eu vejo seres humanos perdendo tempo em fofoca ,
em comentar sobre assuntos que denigram a imagem da outra pessoa, tipo falar
sobre moda é legal, moda da emprego, moda da subsistência...falar sobre a
vizinha que esta´traindo, ou que comprou um
calçado de um preço tal, jamais, me nego, acho uma perda de tempo então,
para mim a vida aqui... gerar os filhos ...legal, foi legal , faria de novo ? Dentro
de uma lógica construtiva...dentro de uma lógica emocional...emocional faria
tudo de novo, amo meus filhos ...de uma lógica construtiva sim, fiz minha
parte, eles são evolução de um DNA. E para mim a vida nesse planeta é isso, tu
adquirir conhecimento, entendimento, adaptação, controle, auto controle para o
tele-transporte . A minha mente ela não concebe conceber, ou melhor, concebe o
nosso sistema solar mas um milhão de sistemas solares onde se leva qual é o
começo, qual é o fim...eu jamais vou me permitir, ou vou perder um tempo
precioso de apreender a vida aqui, com o questionamento de quem somos e para
onde amos.
...aí, de novo, um espaço enorme de
tempo...passou ou não passou, não sei...aí eu pereci o som dela de novo...- Tens
alguma pergunta para me fazer? Eu pensei muito sobre se eu teria alguma
pergunta a fazer Primeiro lugar não sei com quem estou falando Senhora morte,
então Senhora morte é um Orixá, um Elemental, é um Deva...é algo que está
dirigindo a sincronicidade, neste momento?
Perguntar quem eu sou, da onde vim, ridículo...ridículo, jamais faria
essa pergunta. Perguntar sobre a lógica de qualquer situação...qualquer situação,
ridículo ...tudo são consequências de atitudes...não tenho o que
perguntar...Estou viva, estou morta, não tenho curiosidade, sempre foi assim na
minha vida...entrega total. Eu sou entrega total para meu mundo espiritual, ou
mundo paralelo ou será que mundo é. Eu só sinto uma paz muito grande...e digo
para ela que não, que não tenho nenhuma pergunta a fazer... não... em nome de
tudo que tu possa imaginar, não que eu não tenha fome de conhecimento mas esse
momento eu não me situo em nada, em momento algum em situação nenhuma, então
nada tem valor nesse momento...eu saber A, B, C ou D , não interessa, interessa
que eu estou conversando com essa energia que se auto denomina Senhora morte.
As vezes começa a aparecer...lampejos de
luminosidade passam como que numa noite tormentosa um raio riscasse o céu
...alguma coisa está acontecendo ao meu redor...o tudo bem. Aí vamos pensar de
novo o que eu poderia perguntar... todo sentido, todo ensinamento, toda
repetição
Desenvolvendo esse tema de uma maneira ainda
mais específica ainda...nesse planeta, meu entendimento e minha admiração com o
pintor Leonardo Da Vinte, com o gênio...o cara foi um gênio, é incrível. Ainda
pretendo levar meu corpo físico a Vila onde morou...um dia ainda vou fazer
isso, se for para ser...mas enfim, me chama a atenção pessoas inteligentes...eu
gosto muito de pessoas inteligentes.... O entendimento que ser inteligente foi
homem, e que transava, e que tinha suas questiúnculas com a matéria, é o
desafio, é isso aí, todo ser genial que passar por aqui, ele não vai deixar de
ser humano, porque ele é humano ...e a lei maior é desenvolver esse
entendimento, essa percepção com o desafio do instinto humano agindo no teu
corpo... imagina que ele dessecava corpos para aprender a musculatura e tudo e,
ele... tinha ereções ...como devia ser
para ele entender uma ereção dele mesmo ? Mas enfim é isso...enfim é isso! Entender
que a vida por aqui é uma oportunidade, entender que a perda de tempo com o que
eu não considero importante não me cativa e eu não comungo, não adianta. Eu sei
que meu futuro, minha velhice...eu sei que eu sobrevivendo dessa experiência maluca,
que eu estou tendo... Será solitária,
por que a voz do ser humano me irrita como se o silêncio fosse meu companheiro,
meu amante, meu amigo, meu confidente, então minha percepção deste planeta é
isso ... vivi como eu devia ter vivido e, num acidente de percurso, tive um
câncer de útero e aí essa vivência que estou vivendo agora...estou morta
...estou viva, onde eu estou, estou fazendo um balanço...o que é isso? E aí silenciei. Já me sentindo, a cada
minuto, um pouco melhor, chegando em um lugar que eu não sei qual é mas que seria
o fim da jornada! Sentindo aquele calor quentinho da vida...pensei não estou
morta. É balões pretos e não balões coloridos, foi o que eu projetei porque não
ajuda projetar balões vermelho, amarelos, que saem pretos...aí de novo o
silencio. Ela pediu, em algum momento, que eu falasse o que eu sinto dos
grandes mestres e dos grandes Avatares ...sinto figuras criadas pela mente
humana. Eu tenho uma bengala de pitangueira...a projeção dos mestres, pelos
seres humanos...porque os mestres saíram da cabeça de mentes humanas, de experiências
vivenciadas por mentes humanas então eu tenho uma bengala, tenho o meu Deus
Ela insistiu que eu explicasse melhor quando
tomei a consciência do macro e do micro...eu já tinha quatro filhos...esse entendimento
estava bem intrínseco em mim fazendo parte do todo de uma pequenina formiga,
mas isso tomou um vulto e uma realidade quando... eu sempre trabalhei muito e
vi a notícia no noticiário, só que aos 20, 25 anos atrás. Eu tenho recorte
guardado de uma bomba que tinha explodido no Iraque, acho que foi no Iraque, no
Egito, não sei...aí eu escrevi um artigo, no Espaço do Leitor do jornal Zero
Hora dizendo como é que alguém podia explodir bombas nesse planeta sem a permissão
de todos humanos, porque aquela bomba que foi explodida naquele local ...porque
aquela bomba, tão distante de onde eu moro, reverberava, reverberava, até
chegar em mim, em uma vibração negativa...mas em fim...eu já tinha os quatro
filhos, quando em uma noite , porque as grandes consciências que eu adquiro
sempre foi com o fogo aceso, sempre foi perguntando para os povos que aí
estavam, no campo da espiritualidade, ou da dimensão diferente da terrena e aí
eles me falaram uma coisa muito simples...foi por volta desse dia da bomba, que
explodiu, foi aí que eles disseram que eu entendesse o planeta terra como um
corpo humano...então ...o meu corpo por exemplo que tem olhos, nariz, boca,
coração, sexualidade...o órgãos sexuais, papapá pele, papapá sangue, papapá o
resto todo...e que eu tivesse uma ferida no dedo mingo do meu pé esquerdo, e
que se essa ferida não fosse combatida e encerrada ela poderia provocar a morte
do meu corpo físico, porque ela poderia se transformar em uma grande ferida, em
uma gangrena, e assim por diante...e o fio do cabelo, tinha que ser, do fio do
cabelo até a parte ínfima dos meus pés tinha que ser ativado para que essa
ferida fechasse...eu teria que dar ordem mental a cada região, para que essa
ferida fechasse e que meu corpo físico tivesse saúde...e que eu dimensionasse
isso para o planeta terra, como a explosão daquela bomba no Iraque, fosse a
pontinha do pé machucado porque se todo planeta não cuidasse do corpo físico,
chamado Planeta Terra, Planeta Terra ia adoecer e ia morrer. Nesse momento, com
essa explicação, eu entendi a importância do todo, a importância do entendimento
do micro e do macro e a partir daí, sempre em todas as situações da minha vida,
do meu trabalho, da família, seja lá o que fosse, sempre procurei ensinar as
pessoas, sempre que pudessem a ativar o seu cérebro para auto cura, ou para
ajuda, por exemplo: quando fui para cirurgia essa última, eu conversei com o
meu corpo, beijei com carinho minhas próprias mãos e pedi, que os órgãos
estivessem em uma mente só, em uma jornada só para ajudar a reabilitar o corpo
físico. Então essa consciência que eu tenho, que me acompanha desde muitos
anos...muitos anos...silêncio absoluto...não percebo nenhum movimento...aí de
novo, aquela percepção de um tempo que não anda, ou de um tempo que passou
muito rápido. Ela perguntou se eu sabia o que está acontecendo neste momento
comigo...aí eu disse que eu não tenho consciência de exatidão, consciência exata
de nada, muito pelo contrário...sinto até uma felicidade porque não sinto dor
física, nenhum apego com relação a angustias familiares, de quem ficou ou de
como vai ser a vida de quem ficou, porque eu dei o melhor que pude e cada um
faz a sua trilha.., isso com relação a filhos, ao pai dos meus filhos, em
relação a minhas irmãs, se eu estou morta tudo bem...só quero ver se eles vão
fazer o som que eu pedi...que eu quero ser cremada e, quando forem largar as
cinzas tenha uma música muito bonita. Se eu estou viva, como é que ai se dar
esse retorno a matéria, a origem, e aí sinto uma náusea, como um misto de expectativa,
de ansiedade que até então eu não tinha como consciente.
A percepção do som dela vou repetir até o fim
do que estou falando é muito rápida...é muito rápida então e´...como se a conclusão dela fosse a minha...
é como se a racionalização matemática fosse uma soma do que está sendo vivido
fosse uma lógica que o meu cérebro já tivesse entendido, mas a minha psiquê não
foi educada para isso e eu ainda tivesse que aprender entendeu esse
comportamento ... aí ela disse sim...estas passando por um momento único em que
a vida nunca será a mesma... a tua percepção e a tua consciência é de uma
ancestralidade muito antiga, o teu respeito a tradição e tudo que é concebido
nesse planeta é o certo, não é mérito,
não é aplausos, não é maravilhoso...é o certo...e o que está intrínsico
nisso tudo é o tele transporte. Tu falaste lá no início, que o ser humano está aqui
para ter conciencia do seu limite, do seu peso, da sua medida...quando ela falou
isso eu me lembrei no tempo que eu estava na paixão da descoberta do tele
transporte isso fazem uns cinco anos e...eu vivi tele transporte e...eu falei
com algumas pessoas que me olharam com carinho, com respeito mas...eu não sei
se acreditaria se ouvisse um ser humano comum, sem grandes medalhas, falar
sobre algo tão quântico, mas tudo bem, fazem uns cinco anos e eu nesse período
eu estava treinando muito...fazem mais que cinco anos...fazem uns oito
anos...eu estava treinando muito tele transporte, então eu procurava sempre
primeiro entrar em um estado de serenidade com meu corpo para fazer
experiências e levar o meu corpo à um centímetro adiante onde eu estava, nessa
época ...todo esse desenvolvimento que eu fiz nesse trabalho autodidata, foram
fazes, porque a Gisela que é minha companheira...já falei ela é cadeirante e
surda, ela tem o mundo dela ...então eu dizia : - Filha eu estou indo fazer
fogo...e ela... – Legal. Sabe...ela já fez muitos fogos comigo, então eu tenho
a liberdade de 90%, de usar o meu tempo como e quando eu quero, quando eu estou
precisando usá-lo, em situações de magia e em outras também Neste dia estava
uma energia muito densa, sobre a região onde eu moro e ...um temporal... negro
estava se formando ...e eu tirei fotos nesse dia e a sensação que eu tinha é
que eu podia tocar com as mãos na densidade dessas nuvens e tirar um naco delas
de tão densas...não tinha uma janelinha azul no céu...estava uma profusão
de loucura...estavamos só eu e a Gisela
em casa, e eu fechei a casa toda muito assustada...muito assustada, cantando os
mantras que eu canto, dos Orixás da natureza né, dos guardiões, e fui para o
banheiro com a Gisela com nossas vassouras...eu tenho a minha e ela tem a dela,
então eu disse : -Filha vamos segurar a onda aqui e...quando tem tempestade
assim eu gosto muito, que eu esteja sozinha com a Gisela, nós combinamos de
gritar, gritamos eu e ela, gritamos muito...procuramos gritar mais alto que a
tempestade, que os raios e os trovões. É uma histeria que acontece conosco e a
gente grita e diz...nós estamos aqui, protejam nosso cantinho, nós somos paz...
frases nesse sentido, mas gritamos muito alto, muito alto...muito alto....
Quando estava chegando a tempestade com aquele rugido, como quem já passou por
uma tempestade nesse planeta, uma tempestade feia conhece, eu me lembrei que a
porta dos fundos...minha filha ainda morava lá nos fundos, eu não tinha fechado
a porta dos fundos por que até tinha ficado muito seco o tempo e eu tinha
recolhido a roupa e eu não me lembrava se eu tinha fechado as portas. Aí
começou a me dar uma angustia muito grande, e um desespero muito grande e um
desespero que eu não tinha sentido antes, a ponto de me dar uma dor no peito e
eu disse...o vento vai levar tudo, ai arrancar o telhado ...sabe quando tu
entra na onda do
histerismo que não controla o pensamento e
aí...eu tinha que ir lá fechar a porta eu tinha que ao menos enxergar se a
porta estava fechada, mas eu não podia sair do banheiro, eu não podia largar a
Gisela em hipótese nenhuma sem eu estar junto, em uma situação de macro poder
total sobre ela com a minha responsabilidade e aí eu disse para ela
calma...calma, que ela me ajudasse, com
a mente, expliquei para ela com gestos que nossa linguagem é de sinais , e ao
mesmo tempo que parei de falar com ela, me apoiei na parede e projetei meu
corpo em direção a casa
Não foi vassoura, não foi calçada, não levei
nada comigo, era o meu corpo que entrou, porque a porta estava aberta, entrou e
fechou a porta e voltou em um átomo de um quarto de tempo...e quando eu tomei
consciência que tinha voltado, a Gisela pegou minhas mãos e disse : - tu
voltou, eu medo, tu voltou, fiquei preocupada quando eu tomei consciência de
ter voltado...eu fiquei com muitas náuseas, muito excitada...não acreditando no
que eu tinha vivido.
O temporal passou foi terrível, quando abrimos
a porta da casa tinha telhas pelo chão, cravadas como lanças... foi uma
tempestade violenta, destelhou várias casas, foi assustador...então essa
situação de tele transporte já vivenciei e...fui movida por um sentimento de
terror muito grande e se eu precisar ter esse sentimento de novo, para mover
algum sentimento do meu corpo eu não vou fazer.
Na real, esse aprendizado eu larguei, larguei.
Certo ou errado, esse câncer veio para me trazer a responsabilidade de
desenvolver...continuar fazendo experiências não sei, vamos ver...
As vezes começa a parecer que os relâmpagos de
luminosidade passam, como em uma noite tormentosa um raio riscasse o
céu...alguma coisa está acontecendo ao meu redor ... ok tudo bem...aí vamos
pensar de novo o que eu poderia perguntar...todo sentido, todo ensinamento,
toda repetição, repetição, repetição, do desenvolvimento de toda civilizações
humanas, vem encima de Decretos, encima de Leis, encima de regras que sempre
levaram a humanidade ao caos. Sempre tive muito esforço, sempre fiz muito
esforço de dobrar regras, como aceitar regras, por isso sempre fui autônoma...
até tentei ser funcionária pública, até tentei ter um negócio mas...se me
chamarem na China, amanhã, estou indo, então... qualquer coisa que for fazer
terei que ter um passaporte para sair do Brasil, saco isso... no momento em que
o avião pouse, onde quer que eu vá e eu me ajoelhe e beije aquele chão, eu
estou beijando minhas mãos ou um pedacinho do meu pé ...ou meu anel no dedo,
porque aquele pedacinho faz parte de mim...é eu também, então regras, regras,
regras, entender que tudo é uma grande Aldeia e que, para colocar em ordem,
colocam leis, afinal ...isso não me cabe, se não teria optado por outro
caminho, até para fazer soma nesta evolução aqui. Aí a ordem é de meu
Deus...meu Deus, quando o inferno, o paraíso, o limbo, como o pós vida...um
lugar lindo, todo mundo em paz...meu Deus porque o ser humano cria tanta fantasia?
Para levar adiante situações emocionais que se tornam feridas, eu respeito,
jamais tu vais me ver apontar o dedo para qualquer filosofia ou qualquer
verdade, assim como quem diz que o que eu estou falando é verdade? Verdade para
mim. Então este conceito que existe morte após a vida...existe transformação,
porque tudo se transforma...transformação em que não sei... vou perguntar para
Senhora morte... porque?
Aí de novo um clarão forte...mas ele é tão
rápido que eu não consigo perceber o que tem ao meu redor, porque a negritude
volta em seguida...negritude...negritude me traz um entendimento que eu tinha a
uns cinco anos atrás, que a nova leva do desenvolvimento humano seria a
evolução da era de aquários seria regida pelo povo negro e eu fiquei muito triste
quando...eu vi a raça amarela se movimentando muito forte...aceito...aceitei,
meu senso crítico é nenhum, mas aí comecei a estudar um pouquinho: raça
negra...raça negra, porque...porque os negros ficaram hostilizados em diversas
partes do planeta, como escravos, principalmente aqui no Brasil, onde a terra
foi dominada e os índios também não lutaram para se defender...quando foram
lutar foi um arremedo porque não tinham dentro de si essa alto proteção, seriam
seres ainda criança, no sentido de conceito existencial, e os negros ? Hoje
ainda eu analiso com dor, me dói a cabeça...acompanhando as notícias da África
e dos países negros quando eu vejo as tribos se matando...continua tudo
igual...aí eu penso como é que poderia haver alguma evolução com a raça negra
quando ela está tão preocupada em se auto dizimar...aí me vem um pouco de
lógica, dos negros terem vindo ´para o Brasil, porque aqui tem espaço para
todos existirem. Aí eu vou perguntar...o que que vou perguntar a Senhora Morte,
a respeito disso... ............ me surge a imagem de um modo que não sei
exatamente o que é, em um clarão da luz...ai o meu cansaço é muito grande...é
como se o tempo fosse passando a partir de um determinado momento, eu começasse
a sentir o peso do meu corpo e a mobilidade em que ele está
Essa ligeira sensação de incomodo começou a
interferir no meu bem estar de até então...até então não importava onde eu
estivesse, o que estivesse sentindo, eu estava bem...mas ai é como meu corpo
estivesse engessado, Eu sentia ela, essa energia, junto
comigo...espectadora...ai eu perguntei se ela, ela, podia falar o que estava
acontecendo comigo, em que dimensão eu estava, se eu tinha morrido, se eu
estava viva...ai ela demorou um pouquinho para responder e me perguntou : - O
que que tu achas ? Eu pensei um pouco e disse...até então eu achei que
estivesse morta...porque eu não tinha a dimensão de corpo físico e agora, a
sensação que eu tenho é que estou engessada...tenho dificuldade de respirar,
minha respiração está curta...é como eu estivesse em uma hora estranha de
acordar, e eu tivesse que acordar...um tanto confuso tudo isso. O que está
acontecendo? Ai ela disse bem pausadamente... - O que vou te contar agora, o
que vou te dizer agora, vai ficar guardadinho ai na tua psique, na tua consciência...tu
vais levar para tua inconsciência, se tu quiseres, se tu quiser te lembrar tu
vais lembrar, se não for importante para ti tu não vais lembrar, mas eu vou
falar algumas coisinhas, porque tu és merecedora por ter chegado nesse estágio.
Tudo bem, me senti bem, apesar que parecia que estava voltando de uma batalha
muito dura, que parecia que a luta pela vida fosse de segundo a segundo... Ai
ela começou a falar...a falar sobre o desenvolvimento da consciência humana no
planeta... começou a falar sobre os caminhos que toda uma evolução química
passou para que houvessem os ditos humanos no planeta tipo um acidente de
laboratório... aqui seria um lugar para milhões de anos existir...mas por ter humanos
demais no planeta estava acontecendo uma aceleração de danos, de perdas, e de
repente essa superpopulação concentrada em lugares tão malucos, construídos
pelo ser humano, representasse um desacerto em uma cadeia de desenvolvimento, e
que esse desacerto teria que ser consertado, Ela falou que o conceito de vida
pós morte que todas as filosofias humanas mantém, todas, muito pouco tem de
real, muito pouco tem de real, que a continuidade do caminho é ciência e que o
aprendizado da vida humana passando por esse planeta aqui é como que a emoção e
o administrar essa emoção se equilibraria com a ciência, com tudo que tem que
ser, assim como levaram milhões de anos para químicos se desenvolverem, para o
planeta se tornar gelo, para as vidas evoluírem como matemática independente de
fé...queria ver como esse estudo, esse acaso ou esse acidente mostraria o fim
dessa era de aquários, o que ficou de positivo dessa experiência toda, então, a
própria fé, a criação de valores, as diversas bengalas que o ser humano constrói
para se apoiar...tudo isso faz parte da realidade de cada indivíduo, cada
indivíduo assegura seu equilíbrio emocional com o que quer ou com o que
precisa...que...seguindo a evolução, e agora vai começar muito rapidamente a acontecer
porque o tempo urge, as religiões e as ideologias e as filosofias vão passar
por uma grande transformação...é como se os grandes dinossauros construídos
pelo homem, na linha do comportamento humano, chegassem ao fim, vão chegar ao
fim...como se para tu ter um coletivo sadio, tu tens que ter um individual
sadio e como é que é, com milhões de humanos no planeta, tu vais conseguir uma
hegemonia de pensamento...e ai eu me lembrei, de quando a Gisela nasceu, que eu
fui procurar APAE porque eu queria um trabalho para as mães de crianças excepcionais,
porque eu via que as mães é que seguravam a onda toda, porque um grande
percentual os pais iam embora, faziam outra família e que quem segurava a
realidade do deficiente era a mãe...e lá na APAE me disseram que isso não era
importante, que a APAE era voltada para criança, E aí eu fundei um movimento,
eu e outras mães, fundamos um Movimento Humanista de Apoio a Mães de
Excepcionais, que durou enquanto foi necessário, mas isso quer dizer que não
existe uma hegemonia, não existe uma doçura social de paciência com as novas
ideias, com as novas propostas. Eu me lembro que na Clínica que a Gisela
frequentava, com essa liderança louca que eu sempre tive, eu queria mudar, eu
queria assumir a Clínica, queria acontecer...e ai um senhor, presidente da
Clínica, com muito respeito, uma pessoa muito respeitosa, chegou para mim e
disse: - Existem três tipos de pessoas em áreas como a nossa
assistencialista...aquela pessoa que tem ideias fantásticas para solução dos
problemas, aquela pessoa que por um tempo movimenta , busca ajuda e coloca as
ideias em prática, que vão ou não, dar certo e aquela pessoa que está todo dia
aqui, na manutenção do cotidiano...até aqui nós temos trazido esta Instituição
com essa postura, os que levam o cotidiano a sobreviver diariamente, que leva
essa Clínica até hoje, fazendo o mesmo trabalho. Então essa situação toda que
estou vivendo aqui, esse monte de coisas que me vem, que me surgem e o que ela
esta falando, as vezes parece que se misturam a realidade de uma vida humana. A
sensação que essa mistura acontece, a cada tempo, não sei se é hora, se é
minuto, eu vou tomando consciência ...eu tenho certeza absoluta do meu corpo
físico...eu já tentei mexer o dedo do pé, com a mente...senti um formigamento,
então ao que parece estou viva, mas ainda na escuridão total e ...ouvindo muito
atento o que essa energia denominada Senhora Morte fala para mim. Ela voltou a falar independente de minhas
divagações pessoais... Então a lei maior nesse planeta, me diz ela, escuto na
voz dela... a lógica é que tudo aqui tem um propósito, tudo segue uma lei, uma
regra tudo, por isso é natureza viva...a natureza viva tem um comportamento
geral em termos de planeta mas especial e único para cada indivíduo, só que
acima disso tudo existe nascer, viver e morrer ...a benção do nascimento, a
escola do crescimento da evolução e a morte, como o fim de tudo...e quem não
entende esses três passos ou não os aceita não evolui, porque é muita emoção,
muito desespero, muito, muito desgaste de energia é gasto na não aceitação da
morte, e isso é falta de humildade, porque quem se julga dono da vida do outro
a ponto de sofrer desesperadamente pela ausência de outra pessoa, não tem uma
concepção de uma ausência planetária, segue por uma lei própria de
sobrevivência mas com o controle, com o poder. A morte é um desapego, uma
libertação, uma missão cumprida.
E ela fala tudo isso entendendo como algo já
resolvido, já determinado, na minha cabeça...acho triste, sim acho triste como
uma morte não natural, acho triste...sempre faço uma oração quando passo por um
acidente, em qualquer situação que eu veja ou que eu sinta, sempre faço uma
oração e sigo adiante...e minha oração é que os anjos espirituais ajudem e resolvam
aquela situação diante um pensamento que eu tenho de lógica e de ciência...
loucura não é? Mas é isso. Ai assim de repente ou lentamente não sei explicar eu
percebi aquela energia sem forma, sem corpo, mas viva...uma energia densa,
muito densa, ali para quem quisesse tocar, mas sem emoção nada de carinho
ou...ai estou falando com a morte ou meu Deus...existe ou meu Deus estou viva,
nada disso, nada, absolutamente nada... O que ela me passou foi o fim de uma
experiência que eu estou tendo...até então cada vez eu vou sentindo mais meu
corpo físico...eu estou em uma cama hospitalar...cada vez vou enxergando
melhor, eram sombras e agora são vultos e os vultos tem formas bem distintas, e
ela continua ali, aquela energia, e na sintonia da vibração dela ela diz que a
gente vai se encontrar de novo...e eu já sentindo um despertar, disse com
profunda gratidão a ela... – Eu sou Rejane Maria Bordin e agradeço! Então ela
olhou bem séria e vibrou em uma sintonia bem séria dizendo: - TU ÉS VIDA !!!