Vigília realizada

Duas horas da manhã, nessa noite que passou, despertei de um sono profundo e reparador que me encontrava. A voz soou imperiosa em meus ouvidos...-vamos rápido, desperta, precisamos de tua consciência. Vesti um chambre lilás sobre o pijama rosa antigo, calcei os chinelos azuis e completamente desperta, abri a porta da casa. Senti percorrer meu corpo, ondas de arrepios. O céu completamente encoberto por grossas nuvens. Apaguei a luz da área, para enxergar melhor, na densidade da noite! Meus olhos treinados (desde menina) para ver outras dimensões, se abriram e, lá estavam todos Eles! Seres iluminados, de todas as formas, emitindo um som, já meu conhecido. Parecido com a explosão de ondas fortes, ao bater no rochedo. Uni minhas mãos em oração, colocando meu corpo em posição de respeito e cumplicidade. Olhei para cima, abria-se uma fenda entre as nuvens. Uma grande Estrela, emanando luz, em todas as cores. Senti uma serenidade enorme, repeti o mantra chave: eu sou Rejane Maria, aprendiz de mim mesma! No mesmo instante. senti minha alma desapegar de meu corpo físico e flutuei direto de encontro à luz! E assim, mais uma noite, a ronda foi realizada, para anular e limpar a Terra, de aprendizados de dor. Quando retornei ao meu corpo, exaurida, num esgotamento raríssimo físico, sentei no chão, na grama molhada por orvalho. O dia amanhecia! A claridade tomando conta deste lado do planeta, dando a noção do tempo, neste mundo real. Devia ser umas cinco e meia da manhã! Fiquei quietinha, por uns minutos, recompondo o equilíbrio em mim! De olhos fechados, inspirei muitas vezes, soltando o ar em um sopro barulhento. Abri os olhos e ali estava a Velha Mestra. Seu olhar de puro amor, refez cada átomo que compõe meu eu. Mentalmente escutei sua sabedoria...-"Nestas horas passadas, o ciclo foi fechado. Todo o destino dos próximos cinquenta anos foi projetado e protegido, em todo o planeta. Não sofras com o andar da humanidade, durante este novo ciclo. A limpeza começou. Mantém firme a humildade em ti! Ensina esta humildade a quem possas e, sejas paz" Sua amada figura foi desaparecendo, perante meu olhar de profunda aceitação. Entrei, deitei no colchão que coloquei no chão, precisava sentir minha Mãe Terra bem juntinho de mim! Assim adormeci, com um sorriso de mais uma vez, ter feito minha pequenina parte, neste contexto que se chama VIDA NO PLANETA TERRA!