O Auto conhecimento é a chave para a conquista do sucesso.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Falo por mim
E Deus disse Faça-se o Sol! Assim lembro do primeiro aprendizado de uma consciência maior, neste planeta. Na escola descobri a importância da força gravitacional, sem ela, eu não poderia aqui existir. Nas noites insones de minha adolescencia, aprendi a entender as transformações em meu corpo, enquanto sonhadora, observava as estrelas e as diversas fases da lua. Com a inquietude de uma aprendiz, ultrapassei as fases da menina que se tornou mulher e hoje tem 60 anos de idade. Construi uma família, desafiei os limites de meu corpo físico, gerando quatro filhos, todos de cesárea. Foi quando me dei conta que não nasci com a função física de gerar, pois nunca tive uma contração de parto ou a mínima dilatação, para meus filhos existirem. Mas, aí, era tarde demais, os quatro já faziam parte de minha vida, ensinando-me todos os dias, a arte de viver e que, cada geração é livre e faz o que quer de suas vidas. Nesta caminhada plena de desafios, rompi todos os limites que uma mulher pensante se depara! E, relembro agora aqui contigo, que nos momentos mais desafiantes, jamais perdi a bravura ou a fé. Determinei, em minha ignorância, que morreria aos cinquenta e tres anos, assim programei minha vida. Ao completar esta idade, para minha decepção, o dia seguinte raiou e eu estava viva. A contragosto, respirei fundo, meditei profundamente Om mana padme hum, o mantra da compaixão, pedindo com humildade, a aceitação da velhice. Constatando ao longo destes sete anos que se passaram,(53 anos para 60 anos) que envelhecer aqui, é o que eu não queria. Uma mente forte, um corpo que já não responde ao ímpeto de minha inquietação e me pune, quando esqueço disso. Busco com sofreguidão a serenidade da aceitação, busco no som macio do choro de Mateus, meu neto mais novo, hoje com 6 dias, o eco que me traga luz! Busco no silêncio da noite, minha fiel companheira; no piscar das estrelas, no som das corujas, algo que aninhe meu corpo, agradecendo o aprendizado que acomoda minha inquietude. Sinto em meu corpo, as explosões das guerras medíocres deste século, a dor da impunidade, os gemidos dos amantes inconsequentes... e lá no finzinho de um túnel escuro,ressurge ela, a fé, meu bálsamo querido. Respiro fundo, toco com carinho meu corpo, agradeço o aprendizado que ele me proporciona! Oro a oração da menina que fui e que ecoa agora em minha mente...novamente respiro fundo, observo o céu estrelado, peço desculpas por minha instantânea fraqueza, resgato a fé em mim mesma. E, sinto estar pronta para mais uns vinte anos neste planeta. Deusas sagradas. que a paciência esteja em mim e que a fé seja meu instrumento de paz! (TEXTO ESCRITO HÁ 1 ANO ATRÁS
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