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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Desfilando na Avenida
A cidade de Porto Alegre vazia. Noite de Carnaval! Conforme nos aproximávamos do local do desfile, um movimento inusitado ia transformando radicalmente o transito. Logo estou em pleno agito. Buzinas, luzes, sons de música, freadas bruscas, muita polícia ,enfim, carnaval! Ao chegar no barracão da escola que eu fui desfilar, o encanto invadiu minha alma. Outro mundo, outra dimensão. Carros alegóricos prontos, à espera. As alas agrupadas em cantos, se vestindo, retoques finais, uns cuidando dos outros. Logo identifiquei quem era novato, como eu; quem comandava cada grupo; quem ali estava para se divertir e quem estava a trabalho. Como sempre, em tudo que participo, procurei somar em atenção o cuidado com meu grupo. Logo senti a organização e, relaxei! Recebemos então o adereço final "solar! Colocado sobre os ombros deu um lindo arremate à fantasia. O chamado, o toque. Junto com minhas parceiras, lá me fui, com tantas Rejanes ao meu redor. As divergências e os problemas que eu observava, era sem crítica. O nervosismo dos responsáveis estava no ar. Foi quando a magia aconteceu! O som da bateria, o amor dos componentes da Escola que eu participei,da minha ala, as lágrimas nos olhos dos que amam o carnaval e fazem dele uma bandeira, tocou meu corpo, com uma descarga elétrica. Lembrei as fogueiras que organizo a mais de 30 anos, onde acontece igual. Descarga energética e a partir daí,tudo pode acontecer. Sem palavras! Espetacular! Emocionante! Não vi NADA além das companheiras mais chegadas. Minhas ancestrais seculares chegaram em bando, e lá nos fomos, juntas, numa harmonia sincronizada com a bateria. Gnomas, Sílfides, Ondinas e Salamandras,os 4 Elementos e seus Elementais, tema da minha ala, coloriam e fortaleciam nosso grupo de idosas que não parou de sambar um minuto sequer, durante todo o trajeto. Foram minutos, séculos de emoção, que se misturavam com a responsabilidade...não deixar buracos; não andar para trás; se cair algo da fantasia segue adiante; nossa ala não iria envergonhar a Escola que nos recebeu tão atenciosamente! Ufa! A realidade me chamou abruptamente de volta! Cãibras nos dedos dos pés! Lógico, sapatilha rasa, sem salto algum! Caraca! Olhei para a frente...ainda faltava uns 50 metros! Vamos lá guria, o show tem que ir até o fim! Controle cerebral, simbora! Passamos a faixa amarela, descalcei as sapatilhas, deixando as lágrimas correrem livres. Eram de dor, mas ninguém percebeu! Felicidade com dor, assim terminou o "aprendizado mais humano" que vivi, até o dia de hoje! Faria tudo de novo? Óbvio! 2016, me aguarde! Gratidão para a Escola Imperadores do Samba, para a Entidade ANAPPS,para as companheiras de minha Ala! Sou Rejane Maria e agradeço a todos!
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