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sábado, 28 de março de 2015

A maternidade sem ilusões

O corpo feminino é uma máquina de reprodução. Incontestável! Está pronta esta máquina, quando sangramos pela primeira vez. É quando começamos a produzir óvulos, que serão ou não fecundados. Então, engravidamos. Na lei biológica, é assim que funciona, em sua simplicidade. Aí surge a emoção que, NÃO é condicionante, para a existência do novo ser. É solitária, é materna. Apesar de tanta lógica, nos deparamos com uma multiplicidade de sensações, que produzem vivências jamais experimentadas antes. Por ele ser,estar dentro de nós, emocionalmente, o sentimos cúmplice de nossas dores, esperanças, desilusões, alegria e tristeza. E quando ele sai de nós, levamos um tempo, para reaprendermos a sermos um só ser, novamente. Este período de gestação, na mente materna, cria um elo irreal. Concebemos que para o resto de nossa existência, aquele ser, fará parte de nós. Isso é emoção, não é lógica! Tanto que a frase " Os filhos são setas lançadas para o mundo" (ou algo parecido), começou a fazer parte em terapias femininas dolorosas a respeito da "aceitação da perda". Assim, ao longo do desenvolvimento da raça humana, ninguém se preocupou em dizer para esta mulher que, ela não seria responsabilizada pelas atitudes de seu filho. Há milênios, a mulher que dá a luz à uma criança, se sente acorrentada à ela, até o fim de seus dias. Teve um ser, masculino é óbvio, que quando as mulheres tentaram se libertar deste peso, criou a famosa frase: "ser mãe, é padecer num paraíso", pobre idiota. Enfim, vamos falar da maternidade, como ela é...não naquele bebê que busca nosso seio com sofreguidão; não daquela criança que custa a se adaptar no jardim da infância, ou nas creches;não naquele adolescente que olha para seus pais, contestando suas atitudes; pois para todas estas fases, ali esteve a figura da mãe cúmplice sabe? Aquela que sentiu aquele ser dentro dela. Quero falar da maternidade sem ilusão, que olha seu filho com a análise crítica de uma máquina. Chego a sentir a onda de pavor, das mães que ainda sofrem, por atitudes de seus filho, lendo este meu escrito! Reitero aqui, minha libertação desta corrente, NÃO aceito mais esta herança maldita, que minhas ancestrais carregaram por milênios. Quero meus sonhos de volta! Reassumo Rejane Maria, mãe sim, de 4 seres humanos normais, especiais por terem saído de mim, especiais por terem saído de mim! Especiais porque ME CONSIDERO uma mulher especial! Enterro com a lógica da máquina que não produz mais filhos, a expectativa , qualquer que seja. Arrumo minha mochila, preciso de pouca coisa, pois sou só um ser. Fecho com chave de ouro esta porta, transformo esta chave em uma pena de águia e sopro forte, vendo ela sumir de meu campo de visão. Mundo, estou de volta!

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