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domingo, 13 de dezembro de 2015
A Curandeira de Almas
Tudo parecia ter acabado, no reino de Meu Deus. O povo, cansado da fome e da miséria de muitos, comparada com a riqueza de poucos, deixou de acreditar; perdeu a esperança. Os homens da justiça, barganhando o poder, conforme suas crenças visionárias, disputavam o trono. Os jovens, perdidos na ilusão do "eu posso tudo", tratavam uns aos outros com palavras vulgares e, atitudes agressivas. Os templos da fé, brotavam do nada, vendendo a prometida riqueza, trocando o pão de cada dia de seus seguidores, por gotas de esperança. Os pais,perdidos em seus mundos de "busca do tempo que passou", misturavam conceitos sem lógica, colocando óculos cor de rosa, ao olharem para seus filhos. E, as orgias tomavam conta do país.A ganância, a corrupção, o álcool, o fumo e a droga, eram os Senhores que dirigiam aquela nação.Até que chegou o momento em que, as escarras sociais, não podiam mais serem escondidas de ninguém. Mesmo na escuridão da noite, o caos estava às claras! E, os corpos exauridos, viciados,vazios de todo um povo, se mostravam, pela manhã, com uma crueldade fria e lógica. Os poucos sábios que restaram, por não terem sucumbido à Sombra, resolveram dar um basta, aquele ciclo tão sofrido e cruel, que aquele reinado estava vivendo. O grupo formado por homens e mulheres, todos de cabelos envelhecidos pelo tempo, saíram a andar pelas ruas, procurando a resposta, para um novo começo. Ao fim do dia, se reuniram no salão do palácio. Muito cansados olharam uns para os outros, o desânimo presente em cada olhar. Logo a decisão foi tomada por unanimidade, sair dali. Abandonar o reino, buscar novas terras e começar uma nova civilização. Foi quando uma mulher velha, muito velha, se juntou à eles. Seu corpo encurvado pela avançada idade, se apoiava em uma rica bengala de ouro. Suas vestes, eram da mais pura seda, e o capuz que encobria seu rosto, era de asas do pássaro real. Era notória a riqueza da anciã.Sua voz elevou-se silenciando a discussão ao redor, deixando todos ao redor hipnotizados, em silencio.
- Não façam isso! O povo que construiu este reino, também o fez, vindo de outra região, onde o caos se instalara. Meus avós, os avós dos senhores aqui presentes,fizeram parte disso tudo. Eu acompanhei cada dia, desta construção, observando o comportamento, de cada geração. Também tive filhos tive netos que, hoje estão por aí, igual aos seus. E posso lhes afiançar, que não adianta irmos buscar novos mundos, porque tudo se repetirá. Chega o momento, em uma civilização, que acontece essa derrocada social, comportamental, estrutural. Sabem do que precisamos neste momento? De curadores de almas. Nós os encontraremos misturados ao caos, pacientemente esperando a convocação. Curadores de Alma, são convocados por uma lei maior, a lei da regeneração humana. E eu os trouxe comigo.
Com um gesto suave, ela bateu sua bengala no chão de mármore do grande salão real O grande port ão se abriu e, dezenas de homens e mulheres,entraram e se colocaram ao lado da velha mulher. Ela até então, falara com o rosto encoberto. Quando todos entraram e , eram muitos, ela com um gesto cansado, mas elegante, descobriu seu rosto, empurrando o capuz para trás. Foi quando seu olhar seguro e amoroso, olhou direto nos olhos de todos que ali estavam, à sua frente. Uma onda sem explicação. Assim a história conta, como foi aquele momento. Uma onda de carinho, tomou conta de todos e, então, começou um novo tempo.
* Conta a lenda que, eram seres de outro mundo. Não sei. Mas o ensinamento de não desistirmos de uma nação, de um povo, de nossas vidas, sinto como algo humano, típico das Curandeiras humanas da Alma!
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