O Mestre e o Pupilo

Estava lá, o grande sábio, em plena paz,observando as linhas que as montanhas desenhavam no horizonte! O canto do pássaro azul, entrava melodioso por seus ouvidos, fazendo vibrar carinhosamente cada célula de seu corpo franzino. Neste momento de total plenitude, observou com o canto do olho esquerdo, a aproximação de um de seus pupilos. Fechou os olhos, dando a entender que, estava querendo ficar em meditação. Mas, de nada adiantou, o jovem aprendiz se aproximou, sentando à sua frente. Passou-se um tempo, e o homem sábio percebeu que, para voltar à sua contemplação, teria que dar atenção ao aprendiz. -O que queres? perguntou mudando sua posição, pois uma cãibra se manifestara em sua perna direita. -Ó Mestre, eu quero sabedoria! respondeu ansioso, o aprendiz. Sentado no cume de sua sabedoria, onde descobre se que, nada sabemos e que, a cada dia aprendemos, o Mestre respondeu: -Nesta existência humana, neste lindo planeta Azul, existem duas maneiras de alcançares teu intento. Primeira: fazer,errar,acertar, centenas, milhares de vezes, até encontrar o jeito certo para cada "coisa". Segunda:Aprender com os mais velhos, que já vivenciaram e aprenderam o jeito certo para cada "coisa", e avançar com mais profundidade, nesta palavra tão sem fim, a sabedoria. O pupilo se levantou, curvou o corpo em agradecimento e, voltou para seu cotidiano. E o Mestre, com um suspiro que veio de seu âmago, voltou à sua abençoada meditação, com a natureza e os pássaros azuis, que retornaram com seu canto.