Capítulo XIII
Hoje quero falar exclusivamente de GRATIDÃO! Não sei se conheces esta palavra? Aquela gratidão sem preço, impagável. Sempre fui grata. À tudo! À meus pais, à Deus, às amizades. à meus filhos, à família! Estou falando de uma gratidão existencial. Aquela que não tem como ser medida, computada. Vou tentar explicar. O Câncer, que desenvolvi em meu corpo, foi a ferramenta deste intenso aprendizado! Ele começou quando a médica disse, você está com um câncer que, entre dez mulheres que o tem, oito morrem! Te confesso que ainda hoje, não tenho a dimensão real deste significado! Mas estou falando de gratidão! A que sinto pela equipe médica e, por todos os funcionários do Hospital Santa Casa, Hospital Santa Rita, Hospital Santa Clara, Hospital Dom Vicente Sherer! O SUS, esta instituição abençoada que propicia esse atendimento. Não existem palavras! Visualiza comigo: despertando de um sono profundo, Em uma UTI. Completamente sem noção alguma de qualquer realidade. Aí, como em um sonho, um ser humano te toca e diz: estás na UTI! Fica tranquila! Estamos cuidando de ti! Era a enfermeira que me recebia de volta à vida, dizendo o que todos precisariam ouvir ao renascerem ou nascerem ; TU NÃO ESTÁS SOSINHA! E assim tem sido a caminhada, dentro deste Complexo Hospitalar! Da atendente de serviços gerais, ao médico que acompanha teu tratamento. Da recepção do laboratório à recepção de entrada em cada hospital. O HUMANISMO com que tenho sido tratada, é invejável! E sou total do SUS. Hoje quero que minhas lágrimas de agradecimento, sejam transformadas em realidade, no que cada funcionário deste Complexo, tenha como desejo ou sonho! Eu não tenho como pagar financeiramente, mas tenho como orar, todos os dias, por todos. Que sejam abençoados e exemplificados para toda a pratica da medicina, nesse Planeta! Que aprendizado! Que dimensão inimaginável, tenho aprendido, com esse Povo, trabalhadores, agentes da saúde, deste fabuloso Complexo Hospitalar chamado Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre! Amo todos Vocês!
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