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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Maria Alda "Dada", uma mãe de 2 séculos

Ela nasceu... em 09-05-1928. Mãe de 6 filhas mulheres, sendo 2 falecidas ainda bebês. Uma mulher linda, que arrancava suspiros dos homens, quando saíamos para tomar sorvete no bar da Aldemira, na pequena cidade onde morávamos. Uma mulher trabalhadora, companheira de seu marido, elegante, sempre nos saltos altos! Uma mãe dura. Atrás da porta da cozinha, a vara de marmelo, sempre estava lá, para ser usada em nós. Minha irmã mais velha e eu, a quebrávamos de noite, no dia seguinte, pasmem, lá estava a vara de marmelo intacta...parecia magia! Assim como ela nos educava com rigidez e dor, brincava conosco como criança! Ajudava a montar o fogão com 3 tijolos, no fundo do quintal de nossa casa. Vinha da cozinha com a grelha do fogão a lenha em sua mãos e no rosto um sorriso tão infantil, quanto o nosso. Não foi minha confidente, este lugar coube ao meu pai! Sua dureza era doída. Até agora, enquanto escrevo neste blog, sinto as costas tensas, ao falar daquela época. Vim aprender a amar minha mãe, fazem poucos anos, uns 10, talvez! Conforme ela foi envelhecendo e, eu também, resolvi lutar, por este tesouro...ter o carinho de minha mãe. Com muita paciência, a ensinei a dizer "filha querida" ao telefone. Assim mesmo. Pedi para ela dizer...tchau filha querida. Aos poucos, um beijo nas despedidas, e aos poucos, mas em um ritmo maior, uma abraço forte, generoso e amigo! A tensão dos ombros desmancha, quando falo em minha mãe, hoje. O carinho, nossa, como é bom um carinho materno! Busco sempre que posso, a abraço forte, mesmo que as vezes sinta seu corpo endurecer, ao meu toque físico. Logo me afasto, respeitando seu modo de ser. Mas, busco de novo, de novo, de novo, o carinho de minha mãe, sempre que dá! Olho da sacada de meus 60 anos de vida, a menina que fui, que morria de medo e encanto por aquela mulher maluca, que um dia quebrou uma vassoura ao bater em suas filhas,ao subir nas árvores para colher frutas; ao pular a cerca do vizinho na madrugada, para roubar espigas de milho. Amo minha mãe, muito,hoje a respeito sem temor! E sinto uma onda infinita de gratidão por ela ter me aceito em seu útero e ter este dna tão forte em mim. Uma mãe de 2 séculos...que pensava ter nascido debaixo de um pé de alface, verdade! Esta é Dada, Maria, minha mãe. Uma mulher que aprendi a buscar seu amor,a persistir em nos presentear com uma relação de amor. Mãe, tudo de bom, tudo de sagrado, vida de verdade!

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