Solidão

Sabe aquele momento em que fechas a porta de teu quarto? Ou quando teu coração se nega a participar de qualquer outro ato, que não seja tu e tu mesma(o)? Tu, contigo...e as estrelas, e a Lua Cheia, e o silêncio da cidade, que repousa, ao teu redor? Só o som profundo e aterrador do encontro de ti, contigo? Bingo! É deste momento que falo... quando as máscaras caem e o reflexo do espelho te mostra, desnuda(o) de qualquer bengala de apoio. Sim, este momento em que a solidão entra, irreverente, derrubando todas as barreiras construídas. E o som ao redor comunga com o momento, silêncio absoluto. Este momento, abençoado, que te leva à loucura ou te trás a benção da aceitação. Sou só! Minha digital é única! Meu som se enquadra em dial nenhum. A não ser o dial que um som, que é neste planeta, estupidamente único! Assim como tua digital! Busco identificar, desesperada. A tá, menos! Te respeita! Pára tudo, entra na dimensão do "impossível", que é o irreal. Respira fundo...nariz, pulmão...inspira, expira. Tudo tão antigo! Tão repetitivo... Vamos lá, coragem, olha o que o espelho reflete. Mas olha bem...é o que temos, para existir. Ah! Queria ser aquela atriz do filme tal, ESQUECE! És o que o espelho reflete. Te apresento: tu és o reflexo! E tal reflexo partilha ou comunga ou vive um ser, personagem! Te sentes só? Sim! Somos sós. Lembra, única digital!