Vida Morte Renascimento

Tal qual uma pequeno barco em mar revolto=VIDA...Tal qual um naufragar de sonhos=MORTE Tal qual a continuidade=RENASCIMENTO! Estar aqui, fazer parte, ensaiar passos inseguros. Tanto para aprender! O movimento, a parada e o continuar incessante do aprendizado. Nunca expectadora, jamais! Sempre em movimento, sempre cultivando a esperança e a crença inabalável de um mundo melhor. Assim é estarmos aqui, todos juntos, fazendo parte de algo maior que, de tão rude, nos faz seguir, sempre. O que faz a diferença? O conhecimento? A capacidade de se permitir amar? Ou simplesmente o instinto de sobrevivência? Tem momentos em que a lucidez existencial nos ilumina...tem momentos em que a dor insuportável da realidade nos engole. E, buscamos o ar, sôfregos, é preciso continuar. Olhamos ao nosso redor, procurando nossa tribo. Quase em desespero, acenamos para o nada...não existe outro ser humano com digital igual à nossa. Simples constatação. Mas, a solidão existencial nos perturba. Na música, no andar descalça na chuva; no usar a moda em busca de nos tornarmos iguais...sem eco. Por mais que busquemos o som igual ao que emitimos, NÃO EXISTE RETORNO. Meu som é único, assim como minha digital. Na busca desesperada por um semelhante, sou vida! Na constatação da solidão, sou morte. Na humildade da aceitação, renasço a cada segundo. E assim, sem ilusão, serena na auto aceitação, repito o ciclo, centena de vezes, em uma única existência, como humana. Olho para meu reflexo no espelho, onde vejo na maioria das vezes, uma estranha. A única semelhança está no brilho do olhar, que é igual ao da menina que, um dia fui. Começo este texto no plural, com uma estranha paz interior, conforme escrevo, vou assumindo minha solidão. Profunda! Real! Abençoada! Vida, morte, renascimento, tudo bem...são as regras. É a lei básica deste planeta. Então, no silêncio desta solidão, teimosa que sou, expando o som de minha alma...tem alguém aí?