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domingo, 21 de agosto de 2016
O Sábio
Em uma cidade pequena, morava um grande homem. Vinha gente dos quatro cantos do país,em busca de seus conselhos. A casa de madeira, acomodava na grande sala com comodidade, todas as pessoas, que todos os dias, chegavam até ele, ansiosas buscando a solução de seus problemas. Não foi diferente o caso da mulher, bem vestida, que esperava ser chamada para conversar com o Sábio. O único sinal de impaciência, era quando ela disfarçadamente olhava para o seu delicado relógio de pulso. Já estava lá faziam duas horas e dezoito minutos, quando seu ouviu seu nome, dito por uma mulher, que estava no ordenamento das consultas. Ela levantou com elegância, da cadeira onde estava sentada, e se dirigiu para a outra sala onde estava sendo esperada, deixando um rastro de perfume adocicado, por onde passava. Ao entrar, reparou que a sala era pequena, com uma grande janela, aberta, mostrando um bosque muito lindo, que trazia uma calma imediata, ao ser visto. Haviam duas cadeiras iguais. Seguindo a orientação da mesma senhora que a chamara, sentou em uma delas e, em seguida o Sábio entrou. Era um homem de estatura mediana, com um olhar forte. Ele a saudou, com as mãos unidas e curvando o corpo. Sentou-se, defronte a ela, fez uma oração, numa língua que ela não entendia. Após a oração, ele pediu que ela contasse para Ele, porque estar ali. E durante dez minutos, escutou atentamente a grande aflição: a traição. Todos a traiam. Ela ajudava a todos que precisassem dela, mas, todos que ajudara até então, sem exceção, a tinham traído. No relato, ela dizia que fulano, beltrano ciclano, não gostavam dela. Queriam roubar seu lugar. Que ela era puro amor, para com todos, que não sabia por que, isso acontecia com ela. O Sábio a escutou, pacientemente, sem a interromper. Mesmo quando lágrimas sofridas acompanharam o relato daquela mulher, Conforme os minutos foram passando, ela voltava a repetir o que já havia contado, com o mesmo sentimento de traição presente, em suas palavras. O Sábio tocou um pequenino sino, que estava sobre uma minúscula mesa, ao lado da cadeira onde ele estava sentado. Logo, a senhora auxiliar, entrou com um copo de água, para a consulente beber. Assim como entrou, saiu. Sem o mínimo ruído. Se o copo não estivesse ali, nem parecia que alguém entrara na saleta. Ele pediu que a água fosse sorvida em pequenos goles. Mesmo enquanto bebia, a mulher continuava a contar e a repetir, como era traída por todos. Quando ela terminou de beber a água, ele perguntou se ela teria mais alguma coisa para contar, e ela com a cabeça, fez sinal que não. A voz do Sábio era segura, decidida e serena. Assim ele falou: "-Mulher, tu te dás conta, que todos em teu pensamento, estão sempre querendo teu mal? Tu já contastes, quantas pessoas neste tempo que ficastes falando, se tornaram "traíras", para ti? Tu tens alguma relação, que ao longo da vida, se mantém ao teu lado? Ou tu conseguistes afastar todas, que se achegaram a ti? Por que não te permitistes enxergar que PODES ESTAR ERRADA? Ou, ainda, pensas que todos estão errados, e tu, estás certa? E, por que afastas assim as pessoas, de teu convívio? E por que precisas as afastar, após ter vivido uma relação de convívio intenso? Por que as acusa de traição? " A mulher surpresa, ouviu o que o Sábio falara, e foi se deixando tomar por uma ira. Não era isso que ela tinha vindo buscar, nem que pagara uma valor exorbitante, para ouvir perguntas, ao invés de receber respostas. Levantou-se da cadeira, indignada, nem conseguia chorar, de tão braba! Foi quando o Sábio a abraçou com ternura, dizendo baixinho no ouvido dela..."- Porque fostes traída no passado distante, isso não te dá o direito de ferir as pessoas com tua desconfiança. Volta para tua vida, mas busca uma ajuda psicológica. Um erro do passado, não pode ser transformado em amargura. E assim estás hoje, amarga. Vês traição em tudo que te rodeia. Te liberta deste sofrimento. Te desejo toda a paz do mundo, e que adquiras a capacidade de te perdoar!Vai em paz!"
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