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terça-feira, 9 de maio de 2017
Simplesmente Maria Alda
Minhas irmãs e eu, tivemos uma educação rígida! As duas mais velhas, eu e a mana, foi bem pior! A vara de marmelo, atrás da refrigerador, a cinta de nosso pai, o chinelo, e uma agilidade incrível. Não tínhamos onde nos esconder! Quando a punição por arte, ou outra coisa que tivéssemos feito errado, nossa mãe, nos encontrava! Meu confidente era nosso pai! Ele jamais ergueu a mão, em uma atitude punitiva. Seu olhar, magoado talvez, tocava os corações de suas filhas Aprendi a amar minha mãe, a poucos anos. Estou com 64, devem fazer uns dez anos! E consegui esta fantástica vitória, quando comecei a olhar esta mulher Dada, como uma de minhas irmãs, amigas, pessoas que estão tatuadas em um lugar mimoso, em minha alma! Nunca existiu ódio de adolescente, talvez raiva! Poderia ficar aqui, horas falando, da arte da punição, mas não vale a pena. Meu amor por minha mãe, desabrochou, quando eu a perdoei e me perdoei, por sentir falta de um abraço, um carinho maternal, como eu concebia. Seu amor, era passado para suas filhas, ao fazer nossos cartazes de tema de casa, do colégio; ao ficar conosco na janelas, mostrando a beleza nos desenhos, que os raios faziam, entre as nuvens, em dias de tempestade; ao dançar conosco, com os panos de lã nos pés, encerando o chão da sala de nossa casa, ao som de Nelson Gonçalves tocado no toca discos, que ela adorava; ao contar histórias maravilhosas, sobre as bonequinhas d´água, os pingos grossos da chuva que caiam na calçada; ao sorrir brejeira, quando ia tomar a comunhão, nas missas de domingo, elegante, ao lado de nosso pai! Ao gritar como uma criança, que bate palmas nervosa, quando nevou muito, lá na pequena cidade, que morávamos! Ela correu para a neve, nos chamando, tinha a nossa idade!! ASSIM É MINHA MÃE! Ela continua assim ...brejeira ...diferente ... bonita ... e enfim, dizendo :eu te amo filha querida, para mim e minhas manas(?) ! Hoje ela completa 89 anos de vida! Seus cabelos completamente brancos, sua vitalidade já enfraquecida pelo peso dos anos, não modificou seu jeito Dada de ser! Ela continua aquela mãe braba, aquela mãe dançando na sala, aquela mãe fazendo os temas que sempre resultavam num dez maravilhoso! Esta mulher única, que durante toda a sua vida, tem me ensinado o valor de ser única, à revelia de aprovação de quem quer que seja. Lógico, não sou irreverente como Ela é, mas amo demais como sou e, me respeito infinitamente por ser como sou! Grata Mãe Dada! Fou duro, foi difícil, mas consegui te entender! Te amo Maria!!!!Dou a vida por ti, minha mãe!
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