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quinta-feira, 20 de julho de 2017

O GOSTO pela ESCRITA

                           Consigo lembrar da paixão, pelo cheiro dos lápis de cor; dos cadernos de desenho e caligrafia; da pasta do colégio, lá no passado, ainda nos primeiros anos de minha infância! Da felicidade ao aprender, ao juntar aquelas letras, que formavam as primeiras palavras! Não se aprendia primeiro a escrever nosso nome, como atualmente é tão valorizado: "meu filho já sabe escrever seu nome"! A E I O U, base de um bom começo! Depois o B C D = ba be bi bo bu, e todo o alfabeto! Que prazer! Até hoje, busco a palavra que mais se aproxima do que eu sentia, ao desenhar aquelas formas-palavras, que identificavam tudo, ao meu redor! Felicidade? Encantamento? Magia!! Sim, Magia! Juntando as letras, formando frases, unindo os pensamentos que ali, ficavam materializados!Assim construi minha vida, lendas, histórias, sonhos, pensamentos,tudo se tornava real, quando passados para o papel! E a cada página escrita, sentia estar saciada, satisfeita! Vivo assim até hoje! E ao me defrontar com uma página em branco, começa tudo de novo! Tanto para materializar ... uma missão adorável esta da escrita, que não é para ser laureada. Não existe esta ambição. Ao contrário, quando me deparo com a antes, página em branco e, depois toda escrita, sei que só será lido, o que aí está vivo, por quem estiver em sintonia! Com tudo que através de cada escrita, cria vida! Posso te explicar melhor! Lá vai: - Enquanto escrevo, agora, pelo canto de meus olhos, percebo o movimento furtivo, junto ao rodapé da parede, da sala onde me encontro. O movimento é rápido! Um ser só! Um grilo? Um rato? Repouso com cuidado o lápis preto que estou usando, devagarzinho sobre a página escrita. Sem fazer barulho ou qualquer movimento brusco ... fico quietinha, sem qualquer movimento físico. Vejo então com satisfação, após poucos minutos de espera,a volta do pequeno Ser. Percebo com clareza, não é um ratinho, nem uma aranha, nem tampouco um grilo. Pelo canto de meus olhos, acompanho a agilidade com que Ele se movimenta! Sinto que se aproxima de minhas pantufas de lã quentinhas, feitas por mim mesma! Com delicadeza, minha mão acena para Ele! É meu velho amigo Duende! Não posso te dizer o nome Dele, senão ele se desmancha e nunca mais aparece, para mim! Assim que Ele viu meu aceno, com a agilidade natural dos Duendes, como um raio, pulou do chão, para cima da mesa, onde eu estivera até a pouco, trabalhando! Ele não tem mais que 20 centímetros de altura. Sua roupa, nas cores verde e marrom ( com tons diversos), combina com os sapatos tão tradicionais, de todos os Duendes, adoro!!! Feliz, sorrio para Ele, recebendo de volta um olhar aflito! Iniciamos o diálogo que escrevo a seguir( R de Rejane D de Duende)
R- Como estás, amigo querido?
D-Vim buscar ajuda!
R-Como posso te ajudar?
D-Preciso de mel! Estamos precisando de mel! As Abelhas lá da Floresta, cada vez produzem menos. Isso as que ainda estão por lá!Cada vez são menos! Não adianta plantarmos flores doces, em troca do mel! Elas estão produzindo tão pouco, que acredito, nem ser suficiente para elas mesmas!
R- Fica calmo amigo! Lógico que tenho mel. Vou na despensa buscar!
Vou até a despensa, escolho um lindo vidro de mel, bem cheio, recém comprado, na venda do Seu Pedro, aqui do bairro. Ao ver o vidro, um grande sorriso, ilumina seu rosto, envelhecido pelas centenas de tempos vividos. Esfrega as pequeninas mãos, umas nas outras, dando pulinhos de alegria!
D- Vou precisar de ajuda! É muito pesado! Os outros me ajudarão. Traremos nossos próprios potes!  Podes deixar ali? No canteiros das margaridas? Assim, nem precisaremos entrar em tua casa!
Enquanto falava, tirou do bolso de seu casaco, um micro tubo de ensaio e, com minha ajuda, pingamos algumas gotas (que encheram logo o tubo)do mel de meu vidro, agora mel dele e de seu povo!
D- Eu falei para meu povo, que tu nos ajudaria! Estamos todos muito preocupados com as Abelhas! Cada vez, são menos! Estão em extinção! O que será deste planeta, sem mel?
Aqui termino este relato de hoje! Entendes como é mágico, escrever? Entendes que o Amigo Duende, as Abelhas em extinção, já são reais, para ti? E por que? Porque lestes estes escritos!!!!!!!
Carinho!!!!

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