Porque um dia especial? É segunda feira, e toda a semana depende de como a iniciamos! Portanto usar a inteligência, para programar produtividade, coragem e alegria, é imprescindível. Então, retornemos à nossa rotina, como foi proposto, vamos falar sobre assuntos interessantes. Hoje, a história é a seguinte:
Lenara calçou os tênis, colocou um chapéu, para proteger o rosto do sol forte. Fecha o portão da entrada da casa, para que as duas cadelas Maya e Sacha não a sigam. Sacha é uma labradora preta, linda. Maya é uma viralata preta e branca, de estatura pequena, que foi abandonada na estrada e adotada pela família.São dez horas da manhã.Grease, sua gata companheira, a acompanha, miando de vez em quando, para os pássaros que do alto, observam as duas. Pega a estrada que circunda o condomínio onde mora, caminha em um ritmo puxado, conforme seu personal orientou. Já está caminhando há uns quinze minutos, quando sua atenção é chamada para uma cadela, que lá na frente,late furiosamente. Lenita apressa o passo, já pressentindo o que vai encontrar... a cadela está junto à uma caixa de papelão alta. Devagar, falando palavras que acalmem a cachorra, ela confirma. A caixa está com filhotes. Seis ao todo.
-Droga, que absurdo! De novo, "desova"na estrada.
Ela sabe que sua caminhada já está interrompida e que solução terá que ser dada, a mais uma surpresinha em suas caminhadas diárias.
Volta para casa, pega ração, um litro de água com uma bacia velha, coloca próximo à mãe com seus filhotes. Espera, para ver ela começar a comer, mesmo tendo os bichinhoso pendurados em suas tetas. Se afasta, colhe alguns galhos de mato, que tem em profusão, por todos os lados. A estrada é deserta. Calmamente, ela ergue os galhos, como se fossem uma vassoura, em sentido antihorário, saúda os pontos cardeais e começa a falar:
-tu, que aqui abandonastes vidas, atenção...
com a força da justiça sagrada, neste momento
mando de volta para ti com a intensidade de um rojão
o abandono, a fome, o risco e o lamento.
Ela começa a girar o corpo como que numa dança frenética, até suas pernas cansarem. Então, senta na beira da estrada, extenuada, com o olhar perdido ao longe, como se estivesse acompanhando os versos cantados.
Passam alguns minutos. Lenita levanta,pega o caminho de volta para casa, sem olhar para trás.
Até amanhã.
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