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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aqui faz muito calor!

Entrei agora em casa. Estava lá fora estudando a natureza, que está um espetáculo só. Dois terços do céu, está com nuvens grossas, escuras. Raios entremeados de trovoadas clareiam este lado escuro. Um terço está com sol, um calor abrasador é o palco disso tudo. Quando eu era pequena, na cidadezinha onde morava com meus pais e irmãs, também vivi temporais parecidos com o de ontem e o que está acontecendo agora. A diferença está nesta divisão radical que presencio agora. No passado, a escuridão envolvia a cidade. Os raios eram fogo e as trovoadas estrondosas. A sensação de medo era palpável inclusive nos adultos.
O que intriga neste  momento,são as duas situações acontecendo ao mesmo tempo, no mesmo cenário. A parede de chuva que cai, se eu andar uns quatrocentos metros, posso tocá-la. Ela parece estacionada mesmo que se movimentando em cântaros. E o sol que toca meu corpo está igual a ferro em brasa, machuca. E o vento que enxergo lá onde cai o toró, chega em mim como uma brisa quente. Não deveria ser fria? O que a mãe natureza está querendo dizer?
"Reciclem seus lixos, economizem água, pratiquem a sustentabilidade e transmitam entre si o amor?"
Deus, que bom que fosse isso...
Estou aqui, fora do contexto que tu vives na corrida desenfreada pelas conquistas, para ver isso? Para enxergar que até meu planeta querido está dual? Olho a grama ardendo em calor, e vejo o exercício tremendo de adaptação que ela tem que fazer quando a chuva cai. Ela está quase torrando em um momento e no outro quase é afogada pela força agressiva dos grossos pingos da chuva, que caem do céu.
Busco serena, à revelia desta loucura climática, entender o que ela, natureza está tentando dizer.
Já fazem anos que os elementais que amo tanto estão escasseando. Antes, até num passeio à beira do guaíba, eu os via, as ondinas pulando na água, as sílfides dançando com os pássaros, os gnomos brincando com as crianças nas praças e as salamandras vibrando no sol que se punha.
Já fazem dois anos que não vou à Portugal, mas da última vez que lá estive, não enxerguei meus amigos elementais em lugar algum.
Hoje, para vê-los, preciso de tanta meditação que tu nem sonha. Isso, segundo eles, é evolução. O que antes era em uma dimensão já não é mais. Antes tu precisavas ser do bem, pura de coração, limpa como eu digo, para trocar aprendizado com eles.Hoje, teu corpo também precisa estar leve, sadio. Limpo de toxinas e vícios.
É isso que a natureza está nos mostrando... mutação...adaptação...transformação.
Vou lá fora, na chuva comungar com o que este planeta ainda tem vivo e que tenho a benção de usufruir, um bom banho de chuva regado a raios e trovoadas, com um chapéu na cabeça. Podes crer, esta chuva de ontem e de hoje machuca!

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