Fomos chegando uma a uma! Ponto de encontro, shoping que nossa mãe prefere, e um restaurante com chafariz borbulhante,equilibrando o ruido de um shoping com um som natural!
Quando já estávamos as cinco reunidas, mãe e quatro filhas, eu pedi que cada uma enfiasse a mão em um saco que eu levara. Cada uma tirou seu travesseirinho de ervas, para usarem em suas camas!
Falei ontem para ti, que em cada um escrevi uma palavra e estava curiosa para ver quem pegaria qual! A irmã mais velha =amor,eu sorte;a terceira paz; a mais nova felicidade e nossa mãe saúde!
Fiquei muito feliz e agradecida por entender que a matriarca passará dois mil e doze guerreira, conosco, filhas!
Trocamos os presentes, foi nutridor demais. Conversamos como sempre, sobre nossa infancia, a educação agressiva de nossa mãe e concordamos todas: conseguimos sobreviver com carinho umas com as outras! Isso é raro, mas aprendemos a nos aceitar como somos! Estávamos neste clima fraterno, quando chegaram os sorvetes pedidos pela maioria.
Eu comi sanduiche integral com um delicioso expresso, prefiro salgado ao doce! Foi quando uma turma de trabalhadores na loja em frente abanou para nós, com um sinal de positivo. Logo uma de nós (que não eu, sou tímida he he) chamou um deles para tirar uma foto nossa.
Quando o vendedor voltou para seu trabalho, chamei com discrição o garçom, pedi à ele que levasse uma bola de sorvete em taça, para cada um dos vendedores.
Todas concordaram comigo em dividir o custo! Foi interessante observar a surpresa de todos eles com a entrada do garçom!
Daí uma meia hora, dois funcionários vieram até nós (tipo dando dez passos tri de perto) com uma caneta e um pirulito para cada uma!
O olhar do nosso grupo e dos funcionários era de troca de felicidade (aquela gratuita, conheces?)
Agradecemos e falamos como era bom trocar carinho naturalmente!
Quando a energia se acomodou, falei para minhas irmãs, da importancia de expandirmos o carinho e trocarmos afeto, tão em falta no olhar humano!
Minha mãe faz sempre isso e sempre brigamos com ela, com receio dela ser assaltada. Um dia, há uns dez anos atrás(hoje ela tem oitenta e tres anos) quando ela ainda saía sosinha, minha irmã a encontrou por acaso no centro de Porto Alegre, cercada de pivetes, onde ela distribuia sanduiches feitos por ela e levados às escondidas, de nós filhas!
Brindamos à este dna que corre em nossas veias! Brindamos ao fato de sermos chamadas bruxas no contexto social! Brindamos a nossa persistencia como frente de resistencia! Somos do bem! Dividimos o que possuimos de maior riqueza, nosso afeto humano e somos felizes!
Nos despedimos com um abraço profundo, naquele momento fomos deusas em união, em um ato singelo de amor expansão!
Eu sempre digo para ti, descobre teu dom, te conhece, quem sabe assim podemos somar juntas na expansão fraterna do carinho existencial!
Nos falamos amanhã! Tenhas um lindo dia!
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