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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Dia dos Mortos
Aqui onde moro, o dia amanheceu lindo, ensolarado e com uma brisa fresca perfeita no ar! Alimento Sasha, Maya e Preto os cachorros(as), e Figurinha, Foguinho, a Parideira e Grease, gatas(os) e vou lá no portão da entrada buscar o jornal para acompanhar o café . A brisa toca suave meu rosto e uma nostalgia toma conta de mim,sinto saudades de meu pai. Ele está morto há muitos anos! Será que é por ser hoje dia dos mortos que sinto assim essa triste saudade dele? Rezo uma Salve Rainha em voz baixa para todos os seres humanos que se foram. Quando me abaixo, dobrando as pernas para não sacrificar a coluna(êta velha de guerra), e pegar o jornal no chão, uma lágrima pinga no plástico que envolve o jornal. É minha,está caindo de meu rosto, não é uma gôta de chuva. Bastou este raciocínio lógico, para eu chorar e as lágrimas correrem livres em mim. Lembranças de conversas com meu melhor amigo, do encanto ao vê-lo em sala de aula, do olhar distraido quando à mesa eu e minhas tres irmãs discutíamos apaixonadamente por nada ou qualquer coisa, e a mãe colocava polenta bristolada na mesa. Quando meu coração esvazia e a saudade começa a doer, respiro fundo ...pára tudo...ele está aqui comigo...eu tenho seu dna...seu coração pulsa no meu! Isso traz um grande alívio imediato. Sinto uma necessidade visceral de ser de novo criança, pegar sua mão na minha para irmos à missa de domingo, onde a família toda entrava na igreja, ritual sagrado e obrigatório, todo o santo domingo. Novamente trago para mim, a criança que fui, filha de Herzelino, meu pai! Sinto seu olhar sério e inteligente acalentar minha saudade, prática como ele era, dou um basta ao sofrimento. Sinto saudade de meu pai, sim. Respeito a lei deste planeta que dá a ordem inexorável que tudo que nasce TEM que morrer. Busco no azul do céu a lógica comportamental. Em segundos, não sou mais aquela menina feliz que dava a mão para ele, buscando proteção. Salto para esta mulher de cinquenta e oito anos, que um dia, tambem vai morrer. Sinto quentinho, meu coração. * É a vida, um manso lago...muitas vezes mar fremente , como ele dizia frequentemente! Te amo pai, para sempre. E assim, saúdo os meus, os teus, todos os mortos no dia de hoje!
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