ETERNO enquanto dure

Há quarenta e um ano atrás, em Marau, uma pequena cidade no interior deste Rio Grande do Sul amado! Lá, as onze horas da manhã, em um dia nublado, cinzento...eu estava casando com o homem que *escolhi,ou fui escolhida*. Fazia um mes que meu avô materno havia falecido e a família estava toda de luto. No altar, as madrinhas eram o único ponto colorido, que deu brilho ao acontecimento. O padre que nos abençoou, realizou seu primeiro casamento, profissionalmente falando. Era um piá, que nem eu e Adel. Eu com dezessete anos, Adel com vinte e um e o frei por aí. A igreja de Marau tem uma escadaria maravilhosa para casamentos. Lembro que subi de braço com meu pai, ele parceiro sempre. Mas quando chegamos ao altar e minha mão foi segura com força por meu noivo, senti que estava tudo certo. Apertei a mão dele com força igual, e daí seguimos até hoje! Partilhar contigo mais este momento meu, é manter em mim viva, a esperança que mais seres humanos sobrevivam aos desafios da vida e se mantenham como nós dois...FRENTE DE RESISTÊNCIA . A tudo e à todos. Se nós conseguimos, por que não todos os outros? Tentações? Vontade de largar tudo? Sentir no parceiro em determinados momentos, um estranho? Sim, isso e muito mais...e sobrevivemos! Buscando um no olho do outro aquela cumplicidade quando no altar um segurou forte, a mão do outro. Qual o aprendizado destes anos todos, na sagrada parceria chamada matrimônio? Sem dúvida, conhecer as transformações deste sentimento chamado amor. Já fui dele, Adel,esposa e amante, curandeira e cozinheira,sócia financeira e mãe, puta e filha,faxineira e amiga, inimiga e deusa! Hoje sou remanso ao lado deste parceiro que como eu, tem a coragem de manter o foco ao viver uma história de amor. Sim, amo muito meu marido. Carêta, antiga? Não, feliz! Brinda comigo este dia!!!! Tim Tim!