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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aprendendo a ser feliz - continuação

uma bombona com 5 litros de água, aqui de casa (motor com ponteira)
alecrim, mirra e hortelã ervas frescas
cachaça
Quando meu amor chegou do trabalho, ele soube que eu tinha que ir até Arroio Teixeira para ver a baleia jubarte, encalhada lá. Como escolhi bem o homem para partilhar minha vida neste planeta, mesmo cansado, após um dia de trabalho (ele tem 60 anos de idade) vi em seus olhos acender a chama da cumplicidade. Em uma hora, saindo de um calor de 26 graus, chegamos na praia onde ela está. Muita, mas muita gente de todas as idades, lá estavam quando chegamos. Descemos do carro. O frio estava congelante, podem acreditar. A água tri de gelada. Liguei para diversas bruxas, para pedir reforço de conexão. Consegui falar sómente com uma muito querida,que com sua filha iria orar naquele momento. Comecei a entoar baixinho,um canto que vinha naturalmente à minha mente. Era estranhamente triste e alegre. Sem chamar atenção, fiquei cantando baixinho por uns bons 15 minutos. Entrei no carro, pois estava congelando!
Tomei um gole de cachaça, para aquecer e falei para meu amor, que iríamos esperar o povo ir embora, ou escurecer. No céu, a lua amarelo-ovo, observava quase que com indiferença o espetáculo. Passou uma hora. O movimento de carros e curiosos começou a diminuir. Escureceu e a lua foi clareando seu tom, ficando mais brilhante.
É agora, pensei. Abri a porta do carro, peguei as ervas cheirosas, a água que levara e fui até a beira da praia, bem defronte à irmã baleia. Com as ervas montei rápidamente uma mandala onde as ondas logo logo iriam desmanchar o que eu estava fazendo. O canto vibrava cada vez mais intenso em minhas cordas vocais e sua sonoridade era profunda e grave. Escrevi liberdade, em tres linguas, dentro da mandala. Abri a bombona com a água, entrei no mar, contando as 7 ondas passando por mim. Então virei a água doce no mar e falei para ela, que ela não estava sósinha, que o que ela ouvia que só ficasse em sua consciência, as palavras doces. E pronto
Saí rapidamente da água, sentindo meus pés com choque a cada passo que eu dava. Em seguida encheu de gente, novamente. AGRADECI por ser tão insana e estar lá, cumprindo uma missão que não tem valor algum para a maioria humana.
Agradeci meu amor querido por ser tão parceiro. Agradeci o ar, a terra,o fogo e a água, por tradição. Entramos no carro, tomei outro golaço de cachaça que reativou na hora o calor físico em mim. A lição de como ser feliz de hoje, é essa... fazer o que tem que ser feito, sem esperar nada em troca, nem questionar o valor da atitude. Se nossa irmã jubarte sobreviver, bom para ela. Se ela não aguentar, fico feliz por ter ido até lá, e com o meu canto ter chamado os xamãs esquimós, para cuidarem dela. Ainda vejo o brilho dos olhos deles quando me despedi dela. Ela está bem! Eu estou bem! E sou feliz!

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