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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

recordar, é viver!

A viagem de ida para Marau foi uma expectativa só. Como encontraria minhas queridas amigas? Foi maravilhoso, pleno e imensamente nutridor. Espero que para elas tb. Voltei com o corpo, mente, alma e emoção quentinhos de amor, Valeu amigas queridas, e com quem não consegui falar, um dia eu volto! Bjs amadas amigas de meu passado!
Conheci Ana Rita no centro da cidade onde moro. Ela me abordou. Eu estava distraida, observando o comportamento de uma senhora idosa, enquanto ela tentava abrir sua sombrinha, na dúvida, se a ajudava ou não. (A sombrinha era para proteger a cabeça branca do sol)
- Ô tia,compra uma bala de goma pra me ajudar?
A voz dela não tinha a inocencia da sua idade física, seu olhar era prático e objetivo. Perguntei sua idade. Ela aborrecida, perguntou se eu iria comprar ou não sua mercadoria. logo vi, uma oportunidade incrível à minha frente. Propus à ela, comprar toda a caixa de bala, se ela pudesse sentar comigo no banco, que estava bem próximo de nós.
Ela pensou um pouco, olhou bem a caixa,e concordou, mas logo dizendo que tinha pouco tempo. Concordamos, paguei o total, deu dezoito reais. Comprei um guaraná para ela beber, enquanto conversávamos.Pedi que falasse sobre sua vida.Vou relatar as respostas dela às minhas perguntas...
-Comece me dizendo quantos anos tu tens?
-Tenho 11 anos, moro na rua, com mais cinco que nem eu. A gente "pega" as balas lá no super e sai prá vender. O dinheiro nós divide entre todos e vamos vivendo. (pareceu minha tia falando assim)
Minha família? Todos morreram,(senti logo que era mentira).
Nós dorme tudo junto. A gente se lava nas tornera da rua. Não, nenhum qué i prá casa de ajuda. Não falta nada prá nós. A turma bebe cachaça quando tá muito frio. A gente ganha roupa, ô compra lá no 1,99. Tu tá triste? Comigo? Não precisa. Tu qué me levá prá tua casa? Não, né. Deu? Eu preciso voltá e ajudá a turma. O que? tu vai me dá as bala que tu comprô de eu?Legal tia, valeu! Tchau!
Tentei escrever bem igual o geito dela falar. Fui para casa, para o aconchego da lareira quentinha, com a ternura de minha família viva em mim, e uma sensação estranha em meu peito. Karma? Aquela menina estaria resgatando vidas passadas?
Homens e mulheres da era de aquárius, como vamos interagir a partir de então? Qual nosso papel? Até amanhã!

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