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terça-feira, 14 de junho de 2011

Auobiografia

"Cuidam de mim"
Sempre tive a certeza absoluta de que os seres que fazem parte deste mundo paralelo que vivo, com a mesma intensidade de meu mundo real, cuidam de mim, com carinho. Não que eu precise provas, mas vou te relatar uma vivência, quando eu tinha treze anos.
Eu estava dormindo, quando um toque em minhas pernas me tirou bruscamente do sono. Ao lado de minha cama, estava uma senhora muito velha, suas rugas marcando o tempo, eram profundas em seu rosto. Eu nunca a tinha visto antes. Não era do grupo de meus amigos "invizíveis". Sua voz estava tensa, determinada e seu olhar não admitia recusa.
-grita bem forte que está doendo.  falou ela.
Eu disse que assim iria acordar meus pais. Ela novamente repetiu e acrescentou:
-grita bem forte que tua barriga está doendo, por favor faz o que estou te pedindo...
Alguma coisa em sua voz e os arrepios que percorreram meu corpo, fez com que eu começasse no mesmo instante a gritar.
Em seguida, a porta do quarto onde eu dormia com minha irmã mais velha, (que lógico tambem acordou com minha gritaria)e meus pais entraram aflitos perguntando o que estava acontecendo.
Eu não respondia, só gritava que estava doendo muito minha barriga. Na real eu parecia a sirene de uma ambulância de bombeiros, de tanto que gritava.
O pai telefonou para o médico da família, quando ele chegou, eu estava rouca e fraca de tanto gritar, mas continuava gemendo "de dor".
Ele fez um rápido exame, pediu ao meu pai que me levasse no colo até o seu carro, que estava na frente da garagem de nossa casa. Em minutos estávamos no único hospital da cidade. Fui colocada em uma maca e ouvi o doutor dizer para meus pais que eu iria entrar em cirurgia imediatamente.
Comecei a entrar em panico, pois até então, não sentia a mínima dor. Foi quando a velha mulher surgiu ao lado da maca, pegou em minha mão direita e disse...
-podes dormir, minha querida, vais ficar bem!
Óbvio que nem percebi a agulha entrando em meu braço, o sono veio rápido. Senti um grande alívio, minha garganta estava doendo de tanto ter gritado. Caí em um sono profundo, quando acordei, o sol estava alto, o quarto do hospital tinha as janelas abertas e a igreja da Matriz era vista no mínimos detalhes, era ao lado do hospital!
A enfermeira chamou o doutor, no que viu que eu acordara. Ele entrou, acompanhado de meus pais. Seu rosto demonstrava boas novas.
Curiosa, o ouvi falar que graças à Deus, a cirurgia fôra feita a tempo, pois meu apêndice havia "suporado" .
Falou sobre infecção que poderia ter se espalhado, enfim, detalhes que não tem hoje, a mínima importância.
Eu fiquei muito feliz com aquilo tudo. Fui paparicada, recebi um monte de visitas, inclusive meu amor, recém estávamos namorando, viajou oito horas de onibus para ver se eu realmente estava bem.
Juro para ti que lês este blog, em momento algum senti dor.
Aquela senhora que apareceu e me fez gritar, nunca mais a vi. Posso ainda hoje, fazer um retrato falado dela, marcou demais minha entrega, na caminhada por este planeta. Garantiu para mim, que poderia confiar neles e viver desprendidamente a vida da Rejane. Até hoje, nos dias atuais, minha mãe diz que eu inventei até uma cirurgia para ver o meu amor!
Bom, por hoje era isso!
Tenhas um lindo dia! Até amanhã!

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