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sábado, 24 de setembro de 2011

Envelhecer

Não importa quantos anos tenhamos hoje, todos nós, um dia, vamos envelhecer!
Rejane, sim igual ao meu nome, é uma mulher com setenta anos de idade. Este caso é veríssimo. Ela criou os filhos, quatro, teve um casamento duradouro, hoje é viúva. Eu a conheci, quando, nesta semana fui fazer um trabalho voluntário, em um lar para idosos, aqui no Rio Grande do Sul. Poderia ser em qualquer lugar, quem faz esta história é Rejane, não um simples lar para idosos.
Com outros voluntários, minha participação foi de ouvir suas histórias.E à minha maneira, dar um up, em suas vidas, os ensinando alguns exercícios de meditação e bem estar.
Como sempre, em minha vida, ao chegar em um lugar, identifico logo , alguém especial, para aprender o que busco em todos os cantos deste planeta.
Logo a figura elegante e perfumada desta mulher, chamou minha atenção. Atenciosa para com todos, mas na dela, adorei detectar este comportamento tão meu. Quando perguntei seu nome e ela falou, fiquei muito feliz, temos o mesmo nome!
Terminei com sucesso o que fôra fazer naquele lar, perguntei à ela se poderiamos conversar, sentamos no avarandado lateral da casa, onde pudemos conversar sossegadamente.
Sua história é tal qual falei no início, bem casada, psicóloga aposentada, filhos e netos, enfim uma rica família. Perguntei porque estava naquele lugar. Já visitei muitos lares para pessoas da terceira idade e aquele era muito bem cuidado, limpo e com acomodações excelentes.
Ela falou que pagava mais, porque quis um quarto só para ela. Em nenhum momento senti triste suas palavras, muito antes pelo contrário, uma mulher de bem com a vida.
Pedi que ela falasse de si, eu a escutaria atentamente, sempre pergunto o que as pessoas têm para de ensinar, com ela não seria diferente. Seu depoimento...
- "Já fazem dois anos que moro aqui. Quando fiquei viúva, algo muito profundo aconteceu comigo. Não quis que meus filhos e netos se preocupassem comigo. Além de precisar de recolhimento, ouvir a mesma língua, tornou-se imprescindível. E não é uma linguagem rara, é a fala do corpo físico degenerando, no meu caso, graças à Deus, muito lentamente!
Gosto daqui, de fechar a porta de meu quarto e entrar em meu mundo passado, presente e curiosidade quanto ao futuro. Uma vez por ano, viajo com amigas, queremos conhecer o que pudermos deste grande Brasil. Quando meus filhos e netos vêm me ver, adoro! Quando vão embora, adoro!
Mas o mais importante, é estar com estas pessoas, que como eu, estão envelhecendo!
Nos ajudamos uns aos outros.  Tenho uma conhecida, fica no quarto com mais tres mulheres, o filho morreu e não havia ninguém para pagar o lar, eu posso, tenho condições, pago para ela.
Te falo isso, para entenderes minha felicidade em ainda poder ser útil para alguém como eu, entendes?"
Falamos ainda uma meia hora, uma atendente nos trouxe chá de folhas de bergamoteira e abacaxi, uma delícia. Ao nos despedirmos, seu abraço acolhedor, transmitiu uma vibração de luz que é o que sinto quando estou ao redor do fogo com minhas irmãs bruxas
Assim como, estamos vivendo momentos de tremenda transformação cultural, adorei ver que nesta geração que é a minha e a da Rejane, morrem as velhas infelizes, e surgem, atraves de nós, mulheres que envelhecem de uma maneira simples, autosustentável e feliz!
Quis passar para ti mais uma experiência de minha vida, talvez por ter ficado com minha mãe de oitenta e quatro anos, durante cinco dias seguidos, para minha irmã, que cuida dela descansar.
Jamais, enquanto lúcida for,  farei isso com minha família! Precisar que um membro dela , família, abra mão de sua vida para cuidar de mim... he he he jamais!
Tenhas um lindo dia! Não esqueça, seja quanto for tua idade, programa tua velhice! Merecemos a felicidade até o último suspiro, de nossas vidas!
Até amanhã!

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