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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Autobiografia

Como de hábito, vou falar de mais uma de minhas experiências com os mundos paralelos.
Resolvemos, meu marido e eu, passar um fim de semana acampando.
Escollhemos um local em Tres Coroas, uma pequena cidade aqui do interior do Rio Grande do Sul. O local...um camping à beira rio, com total infra estrutura. Já tinhamos os quatro filhos.
Ao chegarmos, a ocupação de todos foi instalar uma barraca emprestada, de dois quartos. Muito trabalho!
O dia transcorreu  perfeito, a natureza maravilhosa, e as pessoas que lá estavam também acampando, educadas .
Quando anoiteceu, o lampião que levamos foi aceso, e a alimentação correu normalmente. Quando tudo ficou acomodado, limpo e no lugar, apagamos o lampião e o espetáculo mais lindo que vi em minha vida se apresentou para nós!
Onde o rio fazia uma curva, foi onde instalamos a barraca. Do outro lado do rio, de uns oito metros de largura, e bem caudaloso, havia um paredão verde, forte, pujante, que até então só olháramos rapidamente.
Pois foi ali, nele, que o espetáculo aconteceu...
Centenas, milhares de vagalumes, acendendo e apagando suas luzinhas, se expandiu, à nossa frente, com o lampião apagado.
As crianças adormeceram em seguida, os quatro, estavam muito cansados, afinal passaram a maior parte do dia dentro do rio. Meu marido também foi deitar, e fiquei sósinha, a sensação que eu tinha era que alguém estava sincronizando aquela alegoria de luzes, pois identifiquei um certo padrão rítmico naquilo tudo.
O barulho do rio foi ficando mais manso e grave. Um som se sobressaiu ao barulho do rio. Era um som agudo de tres paradas. Eu permaneci sentada, sentindo o tradicional arrepio em minha nuca, detector de contatos a serem feitos.
Respirei com mais lentidão, falei baixinho meu mantra  "sou rejane aprendiz" e esperei. Não foi preciso muito tempo. Levou só alguns minutos. Eles apareceram aos poucos. Primeiro um, depois mais dois e depois comecei a perder a conta. Eram pequenos gnomos e gnomas, atarefadíssimos, andando por todos os cantos e resmungando muito quando viam algum lixo por ali. Dei graças aos meus filhos,  estavam na escola de escoteiros, onde os tres mais velhos eram lobinhos e o hábito de deixar tudo limpo ao redor, deixou o povo gnomo sorridente para comigo.
Fiquei quieta, sem emitir um som, além da minha respiração. Não queria que fossem embora, gostaria muito que meus filhos os vissem, mas não foi como eu queria, é óbvio! Eles sentaram na grama, há um metro de mim, ficamos olhando os vagalumes piscando e iluminando sim e não, sim e não, ao redor!
Meus olhos ficaram marejados, e olhei com muito carinho e respeito para eles, gnomos guardiães daquele lugar. Agradeci poder estar ali, agradeci ter meu coração limpo para poder enxergá-los e agradeci morar em um estado onde os elementais ainda gostam de estar!
De repente, senti um sono tão grande, que meus olhos ficavam abertos com muito esforço, então resolvi recostar na rede, e adormeci em seguida.
Acordei com meu marido tocando meu corpo,e preocupado com minha coluna torta de dormir na rede. Senti o calor da manta de lã, cobrindo meu corpo. Agradeci à ele, que surpreso falou que dormira toda a noite e nem vira que eu não deitara ao seu lado.
Com o olhar, busquei as árvores frondosas da mata ao nosso redor, e agradeci o carinho da coberta. Expandi um jato forte de luz cor de rosa, para meus amigos elementais, e fui lidar em mais um dia com minha família.
Isso aconteceu em uma primavera, lua cheia, há quinze anos atrás!
Nos falamos amanhã! Tenhas um lindo dia!

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